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Sustentabilidade - Condomínio industrial para o setor químico e metal-mecânico

Publicado em 21/10/2013

Está sendo planejado um condomínio industrial que pode ser uma alternativa para que empresas possam expandir suas atividades em Fortaleza, ou em outros municípios. 35 organizações já demonstraram interesse em compor o novo espaço industrial, sendo 24 do setor químico e 11 do metal-mecânico. Estudos apontam que as empresas dos dois setores poderão economizar até 15% com o empreendimento

Representantes dos sindicatos da Indústria Química (Sindquímica) e Metal-Mecânica (Simec), da Prefeitura de Itaitinga e da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) iniciaram, ontem, os estudos para a elaboração de projeto para a criação de um condomínio industrial, no município, reunindo os dois setores. A agenda foi definida na semana passada, durante reunião na cobertura da Casa da Indústria, quando membros dos dois sindicatos estiveram reunidos com o prefeito Abel Rangel e gestores de Itaitinga.

O encontro serviu para que o Sindquímica e o Simec apresentassem a ideia da instalação do condomínio, que vem sendo gestada em conjunto pelos dois organismos ligados à Fiec. Participaram também da reunião o diretor administrativo adjunto da Fiec, Ricardo Cavalcante, e consultores empresariais ligados aos sindicatos.

De acordo com o presidente do Sindquímica, Marcos Soares, o condomínio foi pensado com alternativa para que empresas que estão enfrentando dificuldades em vários aspectos possam expandir suas atividades em Fortaleza, ou em outros municípios. As dificuldades, explica Soares, dizem respeito à mobilidade urbana, logística e questões ambientais, dentre outras.

Segundo o dirigente, a estruturação do empreendimento por meio de condomínio viria minimizar esses aspectos negativos, já que a intenção é que haja uma área comum a ser custeada pelos próprios empresários. Nessa área comum, os sindicatos pretendem criar espaços como restaurante, balança e outros equipamentos, que, bancados individualmente, gerariam alto custo para uma única empresa. Soares aponta também que, dentro do que se sugere como área comum, sejam instaladas unidades educacionais voltadas à formação de mão de obra para atuar nos dois segmentos.

A partir de um trabalho inicial de prospecção de áreas para localização e implantação de novos empreendimentos feitos individualmente pelos dois sindicatos, 35 empresas já demonstraram interesse em compor o condomínio industrial, sendo 24 do setor químico e 11 do metal-mecânico. Somente do segmento químico, o levantamento indica que a área prevista seria de 40 hectares, com previsão de R$ 80 milhões de investimento só para instalação.

“Nossa intensão é visualizar a economia e a segurança das empresas. Os estudos apontam que as empresas poderão economizar até 15% no seu faturamento. No local teremos áreas para treinamento, empresas de consultorias, refeitórios, entre outros, que vão ser divididos entre as indústrias que compuserem o condomínio. Tudo isso vai facilitar os custos”, disse Soares.

No caso do metal-mecânico, as empresas interessadas estimam investir, para a transferência, algo em torno de R$ 35 milhões, em área de aproximadamente 36 hectares. Com relação à geração de empregos, os empreendimentos prospectados pelo setor químico apontam 1.600 empregos diretos, enquanto o Simec estima em cerca de mil.

EMPRESÁRIOS ANSIOSOS

Segundo José Sampaio Filho, diretor do Simec que representou o presidente do Sindicato, Ricard Pereira, há no setor uma ansiedade pela implantação do condomínio, como meio de lidar com os problemas que estão sendo enfrentados. Ele lembrou que há incentivos por parte do Governo do Estado para a criação de polos industriais, mas cada município tem suas especificidades, e que precisam ser analisadas. Antes de Itaitinga, segundo Marcos Soares, foram feitos contatos preliminares com as prefeituras do Eusébio e de Aquiraz. Ele diz ainda que serão ouvidas as de Guaiúba e Caucaia, a fim de que possam apresentar propostas de atração de empresas para um futuro empreendimento conjunto. Uma das garantias oferecidas aos municípios pelo Simec e o Sindquímica, destaca Soares, é a solidez das empresas que demonstráram interesse em fazer parte do projeto. “Aqui não existem aventureiros.”

PREFEITURA OFERECE TERRENO DE 105 HECTARES

O prefeito de Itaitinga, Abel Rangel, garantiu aos empresários do setor químico e metal-mecânico que já dispõe de uma área, na qual pretende instalar um distrito industrial, que poderia ser ocupada pelo condomínio. Nesse momento, ressaltou, o projeto do DI encontra-se em análise pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), aguardando para ser iniciado o trabalho de infraestrutura.

De acordo com o gestor municipal, a área seria de 105 hectares, localizada fora da sede municipal, mas com fácil acesso. Ele afirmou que no terreno não haveria edificações, o que poderia facilitar os processos de desapropriação. Rangel, que assumiu em janeiro para o primeiro mandato, destacou que o município está situado em local geograficamente diferenciado, e, por isso, o desenvolvimento da cidade sempre foi prejudicado.

Para ele, a atual gestão quer mudar esse quadro, que deixou Itaitinga atrasada em relação aos municípios vizinhos. “Uma forma de mudar isso é trazendo desenvolvimento por meio de novas empresas que venham agregar renda e emprego.” Para Rangel, o município quer deixar de ser cidade dormitório, para que possa crescer e se desenvolver pelas próprias mãos.

O secretário de Planejamento, Marcondes Rodrigues, caracterizou a proposta do condomínio industrial como o oferecimento de uma copa do mundo. “Não podemos desperdiçar a chance desse cavalo selado que está passando à nossa frente.” Ele destacou que a ideia do condomínio de indústria é interessante e perfeitamente viável, desde que todos os estudos sejam elaborados com critério.

FIEC GARANTE APOIO

O diretor administrativo adjunto da FIEC, Ricardo Cavalcante, afirmou que o modelo de condomínio industrial é o que existe de mais moderno e o futuro dos empreendimentos desse porte no mundo. O representante da Fiec na reunião destacou que a instituição apoia com bastante interesse a ideia, que parte de dois dos mais representativos sindicatos filiados à entidade.

Cavalcante disse ainda que a estrutura do Sistema Fiec tem condição de oferecer elementos fundamentais para que o projeto se concretize, ressaltando a existência do Núcleo de Meio Ambiente (Numa) como órgão de assessoria nesse campo, o Senai na elaboração de estudos técnicos e o posto avançado do Bndes, instalado na Casa da Indústria, como instrumento de apoio no campo do fomento. Ricardo Cavalcante colocou ainda a entidade como ponte para articular politicamente ações na Adece.

Fonte: O Estado Verde 

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