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Publicado em 07/10/2013
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, sinalizou na semana passada com a possibilidade de criação de barreiras contra a importação de máquinas e equipamentos usados. Essa foi uma das reivindicações apresentadas ao ministro por empresários do setor de máquinas e equipamentos, durante encontro na sede da Abimaq.
“Há brechas na legislação que temos de fechar, e a importação de máquinas usadas tem de ser mais restrita”, disse Pimentel. O ministro descartou, porém, que haja interesse em sobretaxar as importações de bens de capital de forma generalizada, porque isso poderia prejudicar os setores que dependem de maquinário e equipamentos que só são produzidos no exterior.
O ministro lembrou que técnicos de sua pasta e representantes do setor têm-se reunido frequentemente, para colocar em prática um programa de estímulo à produção de bens de capital, à semelhança do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto). Por meio do Inovar-Auto, empresas com planos de investimento na inovação do parque fabril têm desconto no valor a ser recolhido do IPI.
Embora considere o setor de máquinas e equipamentos “fundamental para o crescimento da economia”, Pimentel explicou que um programa neste sentido ainda demandará muito tempo.
“O Brasil está virando uma curva de rio, com o crescimento de mais de 350% da importação de máquinas e equipamentos usados, nos últimos três anos, e isso nos deixa em situação crítica”, disse o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto.
Segundo ele, mesmo com o dólar mais valorizado, o setor tem perdido clientes, que preferem encomendar bens de capital produzidos fora do país, principalmente, na China. Ele defende que o financiamento por meio do BNDES e de outras linhas do setor público seja restrito à compra de máquinas e equipamentos nacionais.
Segundo a Agência Brasil, que originalmente publicou este texto, Aubert estima que o setor de máquinas e equipamentos encerrará o ano com queda entre 5% e 7%, invertendo a previsão feita no início do ano de crescer nesses mesmos patamares.
Fonte: Usinagem-Brasil
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