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Publicado em 27/08/2013
Na escala nanométrica, as propriedades químicas, físicas e mecânicas dos materiais mudam radicalmente, permitindo diferentes aplicações desses materiais em diversos segmentos industriais
Uma pintura automobilística que se autorregenera quando riscada: essa é uma das diversas aplicações da nanotecnologia que já está disponível no mercado. A tinta feita com nanocápsulas contendo tinta e um catalisador, que são liberados quando a pintura é riscada, recupera entre 26 e 85% dos danos. Tecnologias como essa poderão, a partir de setembro, ser desenvolvidas também no Paraná. Com 50% de seus equipamentos adquiridos na primeira fase de implantação dedicados à nanotecnologia, o Instituto Senai de Inovação traz ao Estado infraestrutura equivalente aos centros de P&D mais avançados do mundo.
O foco do Instituto no Paraná será em Eletroquímica e deverá atender a uma demanda do setor industrial, por soluções que fortaleçam a competitividade e a produtividade para os segmentos petroquímico, mineral, metalmecânico, cosméticos, energia e construção civil. O ISI no Paraná conta ainda com parcerias com diversas instituições de pesquisa internacionais como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT); a Universidade de Manchester, do Reino Unido; os Institutos Fraunhofer, da Alemanha; o Centro Nacional em Eletroquímica e Tecnologias Ambientais (CNETE), do Canadá, e o Instituto Acreo, da Suécia. Até 2014, serão inaugurados 25 ISIs em todo o Brasil, com investimentos de R$ 1,9 bilhão, sendo R$ 1,5 bilhão provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Na escala nanométrica, as propriedades químicas, físicas e mecânicas dos materiais mudam radicalmente, permitindo diferentes aplicações desses materiais em diversos segmentos industriais. Além da pintura regenerativa, outros produtos podem ser desenvolvidos, como tecidos que não sujem, sistemas fotovoltaicos para geração de energia, entre outros. Os setores que mais têm utilizado a nanotecnologia são o de energia, iluminação, automobilístico, produção de material esportivo, tecidos, embalagens, cosméticos e fármacos.
A nanotecnologia também é a ciência responsável pela quebra de um paradigma que permaneceu durante muito tempo: a distância entre a pesquisa fundamental e a aplicação – que hoje acontece com um intervalo bem menor. No ISI, os equipamentos dedicados à pesquisa aplicada à indústria através da nanotecnologia dividem-se em duas categorias: síntese e caracterização. Entre os primeiros, que produzem materiais em escala nano, estão o Spark Plasma Sintering (SPS) e o moinho de alta energia. Já os de caracterização são aqueles que analisam as nanopartículas e as propriedades de materiais nanoestruturados. Nesta categoria, o Instituto conta com um analisador de cura de tintas e resinas, único no Brasil até o momento; um zetâmetro, que permite controlar a estabilidade de suspensões ou emulsões coloidais, e um reômetro, que possibilita determinar propriedades físicas de fluídos, entre outros equipamentos.
S3IE - O Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica começa a funcionar oficialmente em Curitiba no dia 17 de setembro de 2013, durante a realização do 1º Seminário Internacional de Inovação Industrial em Eletroquímica – S3IE. O evento, que terá foco na pesquisa aplicada ao ambiente industrial, tem o objetivo de estreitar a relação entre indústria e grupos de pesquisa, para que possam atuar de forma coordenada nos processos de inovação e tecnologia, induzidos através da Eletroquímica.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site s3ie.senaipr.org.br
Fonte: Agência Fiep
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