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Empresa suíça vai construir fábrica de aviões e helicópteros em Maringá

Publicado em 19/07/2013

O governador Beto Richa assinou nesta quarta-feira (17), no Palácio Iguaçu, protocolo de intenções com a Avio Internacional Group, da Suíça, para instalação de uma fábrica de aviões e helicópteros em Maringá, Noroeste do Estado. A empresa vai investir R$ 174 milhões na nova fábrica e criar mais de mil empregos.

A Avio foi enquadrada no Paraná Competitivo, programa de incentivos do governo estadual, que já atraiu mais de R$ 20 bilhões em novos investimentos, com a criação de 136 mil empregos com carteira assinada, em todas as regiões do Estado.

“O acordo com a empresa mais uma vez demonstra a eficiência da política de industrialização e de atração de novos investimentos para o Estado”, afirmou o governador. Richa disse ao presidente da Avio, Luigino Fiocco, que o grupo irá se orgulhar por optar pelo Paraná, pois atingirá seus objetivos e terá retorno garantido. “Nosso objetivo não é só atrair empresas, mas que elas prosperem e possam ampliar seus investimentos aqui”, disse o governador.

Luigino Fiocco afirmou que o Paraná foi uma escolha estratégica, pelo destaque que o Estado tem, no Brasil, na questão da industrialização e por possuir uma lei específica para o setor aeronáutico. “O time do governo também demonstrou eficiência e agilidade, dando as condições ideais para que pudéssemos realizar imediatamente este investimento e com previsão de crescimento”, acrescentou o empresário.

Para o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, o empreendimento consolida Maringá como um polo de tecnologia. “Toda a região vai ganhar com a atração desta indústria. O governador Beto Richa demonstra bom senso ao descentralizar os novos investimentos que chegam no Paraná. Antes, só a região de Curitiba recebia empresas grandes como esta”, disse Pupin.

FÁBRICA - As obras para implantação da fábrica iniciam no ano que vem e devem ser finalizadas em 2015. A empresa será instalada em uma área de 90 mil metros quadrados, no entorno do aeroporto de Maringá. Serão produzidos helicópteros de dois lugares (SK-1 Twin Power) e aviões acrobáticos de dois lugares (F22 Pinguino). Também serão fabricadas peças e ofertados serviços de manutenção de equipamentos.

“Vamos fabricar aeronaves inovadoras, perfeitas para treinamento e atuação policial na defesa e controle de território”, explicou Luigino Fiocco. A indústria terá capacidade de produção de até 600 helicópteros e 200 aeronaves por ano. Além do mercado brasileiro, a Avio planeja vender para países da América do Sul, Estados Unidos e Canadá.

POLO AERONÁUTICO - O secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, ressaltou que o investimento da Avio faz parte do processo de implantação de um polo de aeronáutica e defesa no Paraná. Segundo ele, o objetivo é que o Estado se torne uma opção para futuros investidores do setor, que focarão o Brasil como oportunidade, após decisão, do Governo Federal, de investir R$ 100 bilhões em defesa nos próximos 20 anos.

“Muitas empresas estarão buscando lugar para estabelecerem seus investimentos e nós estaremos prontos para recebê-los. Queremos colocar o Paraná no mapa dos investimentos em aeronáutica e defesa no país”, disse.

POLO INDUSTRIAL - Uma recente reunião de Governo do Estado definiu Maringá como o local para a instalação do polo. A prefeitura reservou uma área no novo parque industrial da cidade para a instalação do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que poderão fazer a certificação e os ensaios dos materiais. Além disso, o Centro Universitário Cesumar e a Universidade Estadual de Maringá negociam parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), para a abertura de cursos da área já no ano que vem.

“Maringá possui cerca de 50 mil universitários. Queremos fazer com que este capital humano continue empregado e se fixe na cidade, com oportunidade de bons salários”, afirmou o prefeito Pupin. A prefeitura investe R$ 100 milhões no parque industrial, que será o segundo maior do Estado, atrás apenas de Curitiba.

Além do Paraná Competitivo, o governo estadual conta com uma lei específica para incentivar a cadeia produtiva aeronáutica. Chamada de Paranaéreo, a lei garante benefícios diferenciados para empresas de projeto, engenharia, manutenção, peças e montadoras de aeronaves civis e militares. O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) também garante que todo investimento do setor tenha, como opção de financiamento, linhas de créditos especiais para investirem no Estado.

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