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Publicado em 09/07/2013
O segmento de saúde é um dos eixos estratégicos do Inova Empresa, plano do governo federal que vai aplicar R$ 32,9 bilhões em inovação nos próximos anos. O programa envolve diferentes ministérios e fontes de recursos e contém quatro linhas de financiamento: R$ 1,2 bilhão para subvenção a empresas, R$ 4,2 bilhões para fomento de parcerias entre empresas e instituições de pesquisa, R$ 2,2 bilhões para participação acionária em empresas de base tecnológica e mais R$ 20,9 bilhões para crédito, com taxas subsidiadas de 2,5% a 5% ao ano, e prazos de 12 anos para pagamento, com carência de quatro anos. Os executores do programa são a Agência Brasileira de Inovação, Finep, e o BNDES.
A prioridade no setor de saúde são os investimentos em oncologia, biotecnologia, e equipamentos e dispositivos médicos. Esta semana, o BNDES aprovou a concessão de um financiamento de R$ 10 milhões para a fabricante de medicamentos Althaia, por meio do Profarma Inovação, programa de apoio ao desenvolvimento do complexo industrial farmacêutico, agora incorporado ao Inova Empresa. Os recursos serão usados para o desenvolvimento de oito novos medicamentos genéricos e para a compra de equipamentos para o laboratório da empresa, em Atibaia (SP).
Agora, o BNDES seleciona gestores para uma nova versão do fundo, com R$ 190 milhões, que terá a participação de outros bancos, como o BDMG. "Além disso, vamos lançar o edital do Criatec III no final do terceiro trimestre, e pela primeira vez vamos tentar atrair capital privado para o fundo", conta Márcio Spata, gerente do departamento de fundos do BNDES. Além de apoiar a inovação, o Criatec atende outra diretriz do banco: estimular a indústria de capital de risco. "Percebemos uma lacuna no segmento de capital semente, que é uma área com maior exposição ao risco do que o private equity e o venture capital", diz Spata.
Plano Inova Saúde Equipamentos
O Plano Inova Saúde é uma iniciativa do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e do Ministério da Saúde (MS), com a finalidade de apoiar o desenvolvimento e a produção de equipamentos e dispositivos médicos no Brasil e aumentar a competitividade das empresas brasileiras, ampliando o acesso da população a bens e serviços de saúde.
Essa ação conjunta busca ser um canal unificado para acessar os principais instrumentos disponíveis de apoio à inovação e conta com um orçamento deR$ 600 milhões, sendo R$ 275 milhões da FINEP, mais R$ 275 milhões do BNDES e R$ 50 milhões do MS.
O plano foi lançado no dia 11 de abril de 2013 e as empresas tem até14 de junhopara enviar aCarta de Manifestação de Interesse (CMI),com dados cadastrais, financeiros e resumo do projeto. O resultado da seleção sai no dia 12 de julho.
As empresas proponentes aprovadas terão até o dia 6 de setembro para enviar seu Plano de Negócios, contendo detalhamento do plano de inovação (consorciado ou não). O resultado da seleção dos Planos de Negócios sai no dia 25 de outubro. No dia 6 de dezembro, os órgãos responsáveis entregarão aos aprovados um Plano de Suporte Conjunto (PSC) com a recomendação dos melhores instrumentos para cada Plano de Negócios.
O plano possui quatro linhas temáticas:
· Diagnósticos in vitro e por imagem: reagentes e equipamentos para diagnóstico in vitro do tipopoint-of-care e equipamentos de diagnóstico por imagem utilizando tecnologias de ultrassom;
· Dispositivos implantáveis: materiais bioabsorvíveis e os com microeletrônica embarcada;
· Equipamentos eletromédicoseodontológicos:estratégicos para o SUS, como cuidados intensivos, hemodiálise e radioterapia e de circuitos integrados dedicados ou com software embarcado para equipamentos.
· Produtos de tecnologias da informação e comunicação: como os dispositivos e sistemas para salas cirúrgicas inteligentes, inclusive operadas a distância, e para monitoramento remoto de pacientes e sistemas de telemedicina.
O Programa Inova Saúde é um pleito antigo da ABIMO. É um programa extremamente inovador e flexível, com foco específico no setor de equipamentos médico-hospitalar e muito acessível às empresas. A ABIMO recomenda que as empresas aproveitem esta oportunidade, pois se não houver demanda, programas como este não terão continuidade.
Fonte: Valor, Rio de Janeiro | ABIMO
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