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Publicado em 04/07/2013
Um importante mecanismo para incremento da competitividade das organizações é a interação universidade-empresa, uma vez que a principal fonte de novos conhecimentos científicos-tecnológicos ainda são as universidades. Com o objetivo de promover a interação entre as indústrias do setor metal mecânico e pesquisadores, o Sistema Fiep, por meio dos Observatórios Sesi/Senai/IEL e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) realizaram nesta terça-feira (02), a I Rodada Tecnológica do Setor Metal Mecânico.
Durante o encontro, os pesquisadores apresentaram suas ofertas de pesquisas e as empresas suas demandas, alavancando assim as oportunidades de negócios e pesquisa. Sete empresas e
38 pesquisadores da UTFPR realizaram 42 encontros de 30 minutos cada, acompanhados por facilitadores treinados para colaborar no diálogo de aproximação entre as partes. As empresas e pesquisadores receberam previamente sua agenda de encontros para que pudessem estudá-la e conhecer melhor as linhas de pesquisa e trabalhos desenvolvidos pelas indústrias.
Para o vice-presidente da Fiep e empresário do setor, Nelson Hübner, que participou da Rodada, o encontro é a possibilidade de um primeiro contato com possíveis futuros parceiros. “Pudemos discutir alternativas produtivas inovadoras para modificar o sistema de fabricação, utilizando a tecnologia para fazer algo diferente do que é feito atualmente. Estamos discutindo uma necessidade, que é ser autossuficiente em matéria-prima”, conta. Hübner comenta que atualmente o ferro gusa, principal matéria-prima do setor metal mecânico, fica há mais de 1000 km de distância. “A pesquisa apresentada hoje diz que podemos produzir ferro gusa utilizando seis milhões de toneladas de um resíduo aqui perto do nosso Estado. Com isso e as 30 mil toneladas geradas mês, podemos abastecer todas as siderúrgicas do Sul do país. É algo fascinante: temos o conhecimento, o mercado, a vontade de fazer, mas falta o capital e o investimento”, comenta.
Em 2005, foram identificados os setores portadores de futuro para o Paraná em 2015, 2018 e 2020, entre eles o da metal mecânica. A partir desse levantamento, entre 2006 e 2011, foram estabelecidas as Rotas Estratégicas para o futuro da indústria paranaense, de forma participativa, junto aos empresários e pesquisadores de todo o Estado. Um dos fatores críticos identificados em todas as Rotas é a interação universidade-indústria. Nesse sentido, foram criadas as Rodadas Tecnológicas, uma das estratégias utilizadas para auxiliar os setores a se desenvolver nessa área e a traçar o caminho que eles mesmos desenharam durante a construção da Rota.
O diretor regional do Senai, Marco Secco, destacou a importância da parceria entre as empresas e as instituições de ensino para agregar tecnologia e valor à produção industrial. “A relação com a universidade é a principal fonte de novas tecnologias para a indústria. É preciso reverter a imagem de exportador de produtos primários que o Brasil tem perante o mundo, que é importante, mas não é a única que temos. Aqui também tem tecnologia, qualidade, inovação e design”, destaca Secco. “E a tecnologia não ajuda apenas a agregar valor a nossa produção de produtos beneficiados, mas também desenvolver a produção dos primários. Essa Rodada é uma oportunidade para as empresas encontrarem novas parcerias e soluções para suas necessidades. E também uma forma dos pesquisadores divulgarem seus trabalhos e encontrarem possíveis parceiros para seus projetos”, finalizou o diretor.
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