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Publicado em 04/07/2013
Um robô capaz de inspecionar, em apenas quatro dias, reservatórios que medem 86 metros de diâmetro por 14 metros de altura e guardam até 86 milhões de litros de petróleo ou de combustível. Esse é o projeto desenvolvido por estudantes da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e que venceu o prêmio Petrobras e Tecnologia, na categoria Tecnologia de Segurança de Processos.
Foram dois anos de trabalho em grupo, liderado por Anderson Rovani, 28 anos, aluno de graduação em Engenharia Industrial Mecânica, e orientado pelo professor Carlos Cziulik. De acordo com Rovani, a principal vantagem do robô é evitar riscos de acidentes com os profissionais que hoje desempenham o trabalho. “Por envolver líquidos inflamáveis, trata-se de meio insalubre e de alta periculosidade”, comenta ele.
Outro ponto é a velocidade na inspeção. Enquanto que o profissional pode levar semanas para vistoriar e detectar o problema num grande tanque, o robô executa o trabalho em questão de dias. “Além disso, a confiabilidade das inspeções é maior porque os resultados são mais efetivos do que a inspeção feita manualmente”, aponta.
Rovani explica que a inspeção usa métodos específicos dependendo do defeito que suspeita-se que haja no reservatório. “Por isso, queremos acoplar dispositivos no robô direcionados para cada problema”, diz.
Esse é um dos pontos que devem ser avaliados daqui para frente. Com o dinheiro que receberam no prêmio, os alunos pretendem dar aperfeiçoar o projeto. “O desenvolvimento de qualquer produto com tecnologia não acaba, sempre tem algo para melhorar. A ideia é continuar para que ele seja vendido a empresas”, conta Rovani.
O robô
O robô mede 30 centímetros de largura por 38 centímetros de comprimento e tem altura de apenas 20 centímetros. Ele é controlado via cabo ou wireless. “Pode-se pegar um cordão de solda e seguir automaticamente uma trajetória pré-definida para ele ou usar joystick”, explica Rovani.
O maior desafio no desenvolvimento do projeto, diz o estudante, foi fazer com que o robô suportasse sua própria carga, ficasse de cabeça para baixo e grudado em uma parede. O trabalho envolveu um grupo grande de alunos, incluindo de eletrônica e de informática industrial.
A Rota Estratégica para o Futuro da Indústria Paranaense – Roadmapping de Metal Mêcanica (Frente, Verso), apresenta tecnologias para redução de acidentes de trabalho como tecnologia-chave para uma indústria de Metal Mecânica Competitiva e Inovadora. A visão 1, Metal Mecânica Inovadora em Produtos, Processos e Serviços considera necessária a superação de fatores críticos como P&D, fomento, interação e competividade. Para o primeiro fator crítico citado, os especialistas, autores da rota estratégica priorizaram ações como: investimento no desenvolvimento de novas tecnologias e desenvolvimento em pesquisas baseadas nas tecnologias emergentes.
Fonte: Metro
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