e receba nosso informativo
Publicado em 18/04/2013
Tradicional fabricante de bombas hidráulicas, a KSB está investindo para avançar no mercado de válvulas. A multinacional, de origem alemã, no Brasil desde 1954, com a fabricação de bombas. A divisão de válvulas, mais antiga para a empresa em outros países, só passou a ter atuação aqui em 2005, quando a KSB comprou a brasileira Indústria de Válvulas e Controles (IVC).
Na época da aquisição, a KSB ficou com uma unidade alugada na capital paulista. Agora, essa produção foi deslocada para Jundiaí (SP), em uma unidade maior e com processos mais enxutos. "Fortalecer a atuação em válvulas é parte da nossa estratégia de diversificar os negócios", disse o presidente da companhia no país, Carmelo Fernandez Moldes.
De acordo com Moldes, a capacidade produtiva da divisão de válvulas foi multiplicada por três. No ano passado, a KSB faturou R$ 350 milhões no país. Desse total, 11%, ou R$ 40 milhões, vieram da divisão de válvulas. Em cinco anos, a meta é que a divisão alcance faturamento de R$ 100 milhões e responda por pelo menos um sexto do faturamento local.
Em grande parte, a clientela de válvulas é semelhante à de bombas. A maior demanda vem do setor de petróleo e gás e há grande expectativa com o avanço do pré-sal e anúncio de novas refinarias, como Premium I e Premium II da Petrobras, que serão erguidas no Maranhão e no Ceará, respectivamente. "Elas estão entre as principais razões para os nossos investimentos", afirmou o executivo.
O presidente afirma que outro fator interessante é que a fabricação de válvulas no Brasil é pulverizada. "Tem um espaço muito grande para crescermos". Enquanto o mercado de bombas é consolidado entre poucas empresas, as principais a própria KSB, a Sulzer e a Flowserve.
O investimento, que totalizará R$ 50 milhões, prevê ainda uma nova unidade de bombas seriadas, a ser construída na mesma área em Jundiaí. Segundo Moldes, estava planejado abrir as duas simultaneamente.
O executivo afirmou que 80% do valor já foi empenhado. Segundo ele, o projeto é trazer a produção de bombas seriadas da unidade de Vinhedo (SP), que está com sobrecarga, para a nova fábrica em 2014. "Provavelmente devemos extrapolar esse valor de R$ 50 milhões."
Como a demanda por bombas ficou reprimida nos últimos seis meses, foi um fator que permitiu o adiamento do investimento. De acordo com Moldes, projetos de petróleo que foram atrasados, em especial as refinarias da Petrobras Comperj e Abreu e Lima, tiveram forte impacto na receita da divisão de bombas. Um terço das compras de bombas da KSB é do setor. Na área de válvulas, o setor de petróleo e gás pesa ainda mais, responde por 80%.
Fonte: Valor Econômico.
Envie para um amigo