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Publicado em 18/04/2013
Agricultores brasileiros devem continuar aproveitando a taxa de juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para adquirir máquinas agrícolas neste semestre, mas o ritmo de vendas deve diminuir, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
No primeiro trimestre, a comercialização cresceu mais de 30%, resultado de juros ainda atraentes e de preços remuneradores das commodities. Milton Rego assinala que esse nível de crescimento mesmo não se mantendo todo o ano não é ruim e projeta um aumento de 5% nas vendas em 2013.
A partir de julho, a taxa de juro do PSI sobe para 3,5%. Hoje é de 3%. De setembro a 31 de dezembro era de 2,5%, o que impulsionou as vendas no segundo semestre de 2012. Nestes dois meses e meio antes da alta do juro, a Massey Ferguson espera um bom desempenho para os produtos da marca. Nunes lembra que, a partir de 2011, com o lançamento do programa Mais Alimentos, a agricultura familiar impulsionou as vendas do setor, com estímulo aos tratores de pequeno porte. Agora, diz, a agricultura empresarial volta a ganhar espaço com a necessidade de empregar mais tecnologia no campo.
As condições para investimento em maquinário mais potente e sofisticado estão presentes. Produtores estão capitalizados após um ano-safra de preços remuneradores das commodities, sustentados pela quebra da safra norte-americana em 2012. O Valor Bruto da Produção (VBP) da soja, que no ano passado alcançou R$ 68,064 bilhões, deve chegar a R$ 82,870 bilhões neste ano, conforme projeção do Ministério da Agricultura. No caso do milho, o VBP do ano passado somou R$ 32,958 bilhões, com previsão de encerrar 2013 em R$ 37,161 bilhões.
Colheitadeiras em alta
O resultado disso é que, na busca por maior produtividade, os agricultores estão investindo pesado. Segundo dados da Anfavea, de janeiro a março, foram comercializadas 2.532 unidades, alta de 55,2% na comparação com igual trimestre de 2012.
Conforme o gerente comercial da Valtra, Roberto Patrocínio, a vida útil de uma máquina agrícola é de 10 mil horas, o que, nos grãos, equivaleria a até 10 anos de uso. O problema, segundo ele, é que as lavouras de milho e soja demandam mais tecnologia e pedem uma renovação mais rápida. De uma forma geral, a empresa estima que 800 mil máquinas atualmente em uso no campo já poderiam ter sido trocadas. Mas a substituição é de 30 mil unidades/ano.
O diretor da Anfavea diz que a Região Sul lidera a compra de colheitadeiras. E que nos três Estados do Sul há um grande número de pequenos e médios agricultores, com maior dificuldade de investimento por não terem garantias para tomar crédito.
A expectativa da Anfavea é de que o Plano Safra 2013/14, a ser divulgado até junho, contemple mais garantias para que essa 'classe média' rural tenha acesso a um maior volume de recursos para financiamento de máquinas agrícolas.
Fonte: Agência Estado.
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