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Publicado em 08/04/2013
As vendas de máquinas agrícolas e de construção no mercado interno seguem em alta, conforme apresentou a Anfavea, associação que reúne os fabricantes de veículos, nesta quinta-feira (4). “O bom momento do agronegócio, com previsão de safra de 186 bilhões de toneladas de grãos para este ano, a redução dos juros do PSI Finame para 2,5% ao ano, são fatores que trazem um horizonte claro para os fabricantes de máquinas e os produtores, os preços competitivos e o aumento dos investimentos em infraestrutura têm impactado positivamente”, comentou Mário Fioretti, vice-presidente da Anfavea e diretor de assuntos institucionais da AGCO do Brasil.
Foram vendidas no País 18,9 mil máquinas no primeiro trimestre, 29,6% a mais do que o anotado no mesmo intervalo do ano passado. Março, com 20 dias úteis, absorveu 7,3 mil delas, o que representa acréscimo de 18% sobre fevereiro, quando foram vendidas 6,2 mil unidades em 18 dias úteis, e de 38,3% sobre o volume obtido em março de 2012.
Do total comercializado no último mês de março, 5,8 mil foram tratores de rodas, máquinas que apresentaram crescimento de 21,3% ante fevereiro; 80 tratores de esteiras, com acréscimo de 35,6%; 139 cultivadores motorizados, com forte aumento de 73,8%; 496 retroescavadeiras, que expandiram 15,1%; e 795 colheitadeiras, o único tipo de máquina a registrar queda, de 6,1%, na comparação com fevereiro deste ano.
Se observados os últimos 12 meses, o avanço do segmento é de 13,8%, com 73,7 mil unidades vendidas de abril de 2012 a março de 2013.
A demanda aquecida do mercado interno fez a indústria de máquinas agrícolas e de construção produzir 22,3 mil unidades no último trimestre, volume 3,8% maior do que o fabricado no mesmo período do ano passado. Desse total, 8,4 mil foram feitas em março, alta de 9,4% sobre fevereiro e de 7,5% sobre março de 2012.
As exportações continuam estagnadas, influenciadas principalmente pelo impasse entre Brasil e Argentina, país que consome mais de dois terços do que é produzido aqui e tem adotado medidas protecionistas para fortalecer a sua indústria. A Venezuela também tem dificultado a liberação das vias de exportação, segundo Fioretti.
No trimestre, a queda acumulada é de 36,7% sobre o mesmo intervalo passado, para pouco mais de 3 mil máquinas. Na comparação de março deste ano, quando foram exportadas 1,2 mil unidades, com o de 2012, a retração atingiu 34,5%. O resultado de março último só não é pior do que o de fevereiro, anotando alta de 22%, puxada pelas vendas de retroescavadeiras.
A Anfavea mantém as suas projeções para o segmento de máquinas agrícolas e de construção. As exportações devem continuar no patamar de 17 mil unidades em 2013. As vendas devem crescer de 4% a 5%, para 72,9 mil. E a produção deve expandir 3%, totalizando 86,2 mil unidades neste ano.
Fonte: Camila Franco, Automotive Business
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