Crédito mais amplo deve impulsionar setor de carrocerias
Publicado em 26/02/2013
Regras mais claras e definidas pelo governo para financiamentos de longo prazo devem ajudar a impulsionar o setor de implementos
rodoviários em 6,5% neste ano. Formado por um universo de mais de 1,3 mil fabricantes, dos quais 89% são pequenas
e médias empresas, o segmento produtor de carrocerias e reboques depende diretamente do crédito para poder vender.
Foi exatamente a falta dele que prejudicou as vendas no último ano, quando a indústria amargou uma queda de
16% nos negócios as vendas.
Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir),
Alcides Braga, o estabelecimento de regras mais claras para o programa de financiamento de máquinas e equipamentos
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Finame PSI, a partir de setembro, deu o empurrão
que faltava para que o setor começasse a se recuperar. "Nossa indústria se fomenta com o financiamento, porque
pouco se compra com recursos próprios", diz.
O executivo explica que, muitas vezes, a própria instituição financeira inclui o implemento rodoviário
no momento da compra de um caminhão. "A contratação de modalidades como leasing e CDC (crédito
direto ao consumidor) é impraticável neste mercado, porque o juros, que no Finame é de 3% ao ano, salta
seis a sete vezes esse valor", acrescenta Braga.
O segmento leve (carroceria sobre chassi) registrou queda de 18% com relação ao resultado de 2011, totalizando
107,8 mil unidades. No segmento pesado (reboques e semirreboques), a retração foi de 11,6%, com 52,5 mil unidades.
A mudança das regras para financiamento e as medidas de apoio à produção, com desonerações,
vão auxiliar na retomada neste ano, segundo Braga.
No ano passado, o setor enfrentou ainda as consequências do desaquecimento industrial em geral. A queda na atividade
em 2012 contribuiu para a retração nos negócios da indústria de implementos rodoviários.
Além do crédito para os clientes, o setor ainda tem problemas para obter linhas para financiar a produção.
"Com tantas pequenas e médias empresas, a dificuldade é grande para se obter recursos, em função
das exigências das instituições financeiras", afirma o diretor-executivo da Anfir, Mario Rinaldi.
Fonte: DCI
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