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Publicado em 24/01/2013
A alta de 8,1% no Indicador de Custos Industriais (ICI), que considera a evolução do valor de despesas de produção, capital de giro e tributos do terceiro trimestre de 2012, foi a maior desde o último trimestre de 2008, quando o índice subiu 12,2%.
O levantamento foi divulgado pela primeira vez pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e mostrou série histórica iniciada em 2006.
O ICI reflete a variação dos custos do setor na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Em 2009 e início de 2010, o indicador registrou recuo nos custos da indústria. Só que, a partir do segundo trimestre de 2010, o valor dessas despesas iniciou uma tendência de alta, até que, no terceiro trimestre de 2012, atingiu o crescimento de 8,1%.
Segundo o presidente-executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, a aceleração do aumento dos custos do setor foi causada principalmente pelos efeitos do câmbio, que tornaram os bens intermediários importados mais caros.
Divulgada pela primeira vez pela CNI, a pesquisa também revelou que o custo de produção subiu 10,6% no terceiro trimestre do ano passado ante igual período de 2011. Esse índice foi calculado com base em três tipos de gastos. O valor das despesas com bens intermediários apresentou a maior alta: 11,1% na mesma comparação. Em seguida, ficaram os custos com pessoal (9,9%) e energia, com elevação de 4,4%.
A tendência de crescimento do indicador a partir de meados de 2010, segundo Fonseca, tinha como principal vilão a alta no custo com pessoal. Mas agora o valor desse gasto apresentou desaceleração, passando de 12,1% no segundo trimestre de 2012 para 9,9% no dado mais recente da pesquisa (terceiro trimestre do ano passado).
Na contramão, o avanço do custo com insumos acelerou no período, subindo de 6,6% para 11,1% na mesma comparação.
Para Fonseca, os custos da indústria devem registrar um ritmo de aumento menor nos dados a serem divulgados referentes ao último trimestre de 2012 e, principalmente, os deste ano.
Além de o câmbio estar “mais ou menos estabilizado”, a medida de redução na conta de luz e a ampliação da desoneração da folha de pagamento (que reduz o custo da mão de obra) vão ajudar a conter a alta do ICI. “Mas isso depende da efetividade das medidas”, ressaltou.
Fonte: valor
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