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Publicado em 17/09/2012
A Empresa Brasileira de Soluções em Engenharia (EBSE), fabricante de tubos de aço com custura e de equipamentos sob encomenda para a indústria de petróleo do grupo carioca MPE, e a holandesa Frames, uma das gigantes mundiais da indústria de petróleo no mar, estão concluindo a formação de parceria para fabricar unidades de processamento de petróleo e gás de pequeno porte, conhecidas no jargão setorial como "skids". A nova empresa ainda não tem nome e vai unir a tecnologia da Frames com a capacidade industrial da EBSE em sua fábrica no bairro de Santíssimo, zona oeste do Rio.
"Skides" são equipamentos menores que os grandes módulos das plataformas de petróleo e gás que realizam várias tarefas, como processamento de gás, de óleo, remoção de areia da água a ser devolvida ao mar e remoção de enxofre. Segundo o presidente da EBSE, Marcelo Bonilha, será a primeira empresa a oferecer ao mercado "skids" para todas as funções demandadas por operadoras de plataformas. Com investimento residual - sem novas máquinas ou instalações -, a empresa pretende faturar R$ 150 milhões por ano.
Segundo Léon van Bossum, diretor de Vendas da Frames, a nova empresa busca "combinar a tecnologia da Frames com a experiência da EBSE na fabricação de equipamentos". O acordo prevê transferência de tecnologia no prazo de três anos de modo a fazer "o máximo possível [dos equipamentos] no Brasil".
A parceria entre EBSE e Frames não é nova. Ela começou há seis anos com a construção de separadores para a plataforma do campo de gás de Mexilhão, na Bacia de Santos (SP), tendo atuado em conjunto também para a produção de separadores para várias plataformas da Petrobras, como a P-58 e a do campo de Cherne.
A EBSE emprega 600 pessoas em sua fábrica do Rio e tem capacidade para processar 3 mil toneladas de aço ao mês para produzir tubos e equipamentos sob encomenda. Semana passada, a companhia entregou o módulo de processamento de gás da plataforma-navio de processamento (FPSO) Cidade de Paraty, que está sendo construída pelo estaleiro Brasfels (Angra dos Reis, litoral sul do Rio) para a SBM e que vai operar para a Petrobras no campo de Lula Nordeste, no pré-sal da Bacia de Santos.
Outros três módulos - manifold (coletor de produtos), módulo de recebimento de cargas ("lay down") e de compressão de gás - serão entregues na próxima semana. Todos estão em construção nas instalações da Nuclep em Itaguaí, próximo a Angra dos Reis, numa parceria entre as duas empresas.
A Cidade de Paraty tem 16 módulos no total. No início do mês, a EBSE assinou outro contrato com a SBM para construir mais quatro módulos, agora para a plataforma Cidade de Ilhabela, que vai operar em 2014 no campo de Sapinhoá, também no pré-sal da Bacia de Santos. As duas plataformas têm capacidade para processar 150 mil barris de petróleo/dia cada.
A EBSE fechará no fim do mês a fábrica de tubos e equipamentos que montou em 2010 em Itapissuma, a
36 km de Recife. Segundo Bonilha, a proximidade do fim das obras da refinaria Abreu e Lima e a postergação pela
Petrobras das obras das unidades "premium" do Maranhão e do Ceará deixaram a unidade, na qual foram investidos
R$ 10 milhões, sem perspectivas de encomendas. A fábrica, que chegou a ter 220 empregados, vinha operando agora
com 120.
Fonte: valor
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