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Publicado em 28/10/2015
O que chamou a atenção no talk show de lançamento do evento Brasil Solar Power 2016, que aconteceu na manhã do dia 28 de outubro, no Rio de Janeiro, é a unanimidade nas opiniões dos participantes de que o setor fotovoltaico brasileiro está passando por grande transformação e está no seu momento oportuno para se tornar sólido, grande e vencedor. A energia solar fotovoltaica é uma tendência mundial e brasileira.
Participaram do debate o diretor executivo da ABSolar, Dr. Rodrigo Sauaia, o presidente do Grupo Canal Energia, Rodrigo Ferreira, o diretor geral do ONS Hermes Chipp, o presidente da EPE Maurício Tolmasquim, o presidente do Conselho de Administração da CCEE Rui Altieri e o diretor da ANEEL Reive Barros dos Santos.
O talk show também contou com a participação do Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia Dr. Altino Ventura Filho, que participou do discurso de abertura e mostrou aos participantes como o Ministério está encarando o sistema gerador de energia no país, com foco na expansão das energias já existentes e também na inclusão das energias renováveis na matriz energética brasileira (especialmente eólica e solar fotovoltaica).
O secretário destacou a matriz energética favorável do Brasil em termos de sustentabilidade, quando comparada com a matriz mundial. Lembrou de momentos da história, quando o Brasil possuía sua pior matriz no ano de 1979. Na época, o país importava 45% da energia consumida, as fontes fósseis predominavam e o país produzia apenas 20% do petróleo consumido (e importava 80%). Destacou a grande evolução da matriz energética brasileira ao longo dos anos.
Mostrando as taxas de crescimento do consumo de energia elétrica no Brasil e nos países em desenvolvimento entre os anos de 2000 e 2012, o secretário observou que o Brasil tem o grande desafio de dobrar sua produção elétrica em 20 anos e assim haverá lugar para todos os sistemas de geração de energia, inclusive para o sistema de geração solar fotovoltaico. Deu destaque ao interesse do Ministério na política de diversificação da matriz energética do Brasil, e às prioridades do Ministério: instalar 76.000 MW nos próximos dez anos (com uma distribuição desses 76.000 MW de 85% de energias renováveis e, dentro desses 85%, 10% de energia solar). O secretário coloca também que o Ministério tem grande interesse na nacionalização da tecnologia solar fotovoltaica, que segundo ele, deve ser adaptada ao clima tropical do país.
Os participantes do talk show destacaram algumas características importantes da energia solar fotovoltaica como a vantagem do Brasil em termos de recurso solar, o caráter de complementaridade desta forma de energia, benefícios sócio econômicos, ambientais, estratégicos, o fato desta forma de energia permitir independência da geração regulada e favorecer a exploração do mercado livre com a idéia de comercialização de energia por cooperativas formadas pela população, instituições e/ou comércio atuando como compradores e vendedores de sua produção excedente.
O diretor geral do ONS Hermes Chipp apontou a necessidade de se fazer reflexões e considerações com relação aos sistemas de operação de energia que devem estar adaptados e preparados para energia gerada por sistemas solares fotovoltaicos. É extremamente importante considerar as questões técnicas de conexão e operação na rede.
O Diretor da ANEEL Reive Barros dos Santos destacou a importância da inserção das distribuidoras no contexto de Geração Distribuída, e que a ANEEL procura equilíbrio entre as questões de concessão/distribuição. Segundo Reive da mesma forma que se está trabalhando com a revisão da REN 482 com o viés da geração, a REN 482 deve ser revisada com o viés da distribuição.
É consenso dos participantes que o Brasil tem grande potencial para ser case de sucesso em energia solar da mesma forma que já é em energia eólica, mas para isso ainda há muito que se trabalhar no país, e os caminhos já estão sendo mapeados. Muitas ações foram citadas como a promoção de debates técnicos e estratégicos importantes, questões de financiamento para estimular o pequeno consumidor, questões de estímulo para investidores que queiram fabricar os equipamentos inerentes da geração de energia fotovoltaica no país, complementação de programas, garantia de volume anual de leilões de energia solar fotovoltaica, envolvimento de todo o setor que também deverá dar suporte de informações para as tomadas de decisão do governo brasileiro.
O Brasil Solar Power – Conferência e Exposição, que vai acontecer no Rio de Janeiro, nos dias 30 de junho e 01 de julho de 2016, é o evento oficial do setor fotovoltaico brasileiro, organizado pela associação oficial do mercado fotovoltaico (ABSOLAR) e pelo principal player de comunicação do setor elétrico brasileiro (GRUPO CANALENERGIA). A conferência irá abordar questões de extrema relevância, tanto sobre geração centralizada quanto sobre geração distribuída, e a feira de negócios oferece oportunidades flexíveis, que atendem às necessidades e disponibilidade de investimento de pequenas e grandes empresas.
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