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Publicado em 01/03/2016
FONTE: Canaltech
A Lei de Moore, um dos princípios da computação criados pela Intel, pode estar com os dias contados.
E pelas mãos da própria empresa, já que ela afirmou recentemente que pretende voltar seus investimentos
para a eficiência energética ao invés de priorizar o desempenho das máquinas. A declaração
é de William Holt, vice-presidente executivo da companhia, que discursou na Solid State Circuits Conference, em San
Francisco, na Califórnia. "Vamos ver algumas transições bem grandes. As novas tecnologias vão
ser fundamentalmente diferentes. As melhores e mais puras melhorias na tecnologia que vamos fazer trarão benefícios
no consumo de energia, mas vão reduzir a velocidade", destacou o VP da Intel. Em tese, a afirmação de
Holt colocaria a famosa Lei de Moore em risco. Elaborado na década de 1960 pelo cofundador da Intel, Gordon Earl Moore,
o conceito se baseia na ideia de que a quantidade de transistores que poderiam ser colocados em uma mesma área dobraria
a cada 18 meses, sem elevar os custos de fabricação. Isso significa que o poder de processamento dos computadores,
baseado na proposta de Moore, sempre iria dobrar sua capacidade nesse período - que posteriormente foi ajustado para
24 meses. De fato, os computadores evoluíram bastante em todo esse tempo e dentro da lei elaborada pelo cofundador
da Intel. Basta notar que a maioria das empresas, incluindo a própria Intel, tem o costume de apresentar novas gerações
de seus processadores dentro dessa janela de dois anos. Até as fabricantes de semicondutores se baseiam nessa "regra"
para definir suas metas de produção, embora tenha se tornado uma tarefa nada fácil acompanhar essa tese
por causa da complexidade na construção de transistores tão pequenos e que estão próximos
de alcançar seu limite. É justamente tal dificuldade que pode colocar a Lei de Moore em cheque, pois ano após
ano ficou mais complexo adequar a evolução dos processadores a esse conceito. Em 2012, Carl Anderson, da IBM,
previu que a lei começaria a entrar em conflito com a realidade com a chegada dos processadores com litografia de 10
nanômetros. Em julho do ano passado, a companhia veio a público admitir de que talvez não consiga acompanhar
a Lei de Moore e deu a entender que se alguém vai mantê-la na ativa, esse alguém não será
a Intel. Com isso, a previsão de Holt em apostar na eficiência energética ao invés do desempenho
faz todo o sentido. Na opinião do executivo, é provável que as próximas gerações
de processadores enfrentem um retrocesso, ou seja, sejam inferiores aos componentes que já estão no mercado.
Tudo em prol do consumo energético. Para Holt, essa mudança pode ser benéfica para todos, desde empresas
e usuários, mas principalmente para o mercado de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), no qual o consumo
de energia é mais importante do que o desempenho dos equipamentos. Com menos "poder de fogo" e mais capacidade energética,
uma CPU poderia ser instalada mais facilmente numa gama maior de dispositivos. Curiosamente, o campo da IoT é um dos principais focos
da Intel, o que poderia justificar ainda mais a afirmação de Holt. Apesar das previsões, Holt acredita
que ainda deve demorar um tempo até que essas novas tecnologias cheguem ao mercado. Ele afirma que alguns componentes
podem levar quase dois anos para serem lançados ao consumidor
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