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Brasil ainda engatinha na adoção de carros elétricos ou híbridos

Publicado em 01/09/2017

Criar postos de reabastecimento é um desafio, diz professor. Países europeus anunciam fim de veículos movidos a gasolina e diesel.

Energia limpa seria um alívio enorme para as nossas cidades, diminuindo a poluição espalhada por carros. Enquanto países europeus estão anunciando o fim de veículos movidos a gasolina e a óleo diesel, o Brasil meio que engatinha no transporte considerado ecológico, mas existem algumas iniciativas para mudar isso.

A caminhada do aposentado Francimilson de Brito Lima vai só até a tomada. Ele despluga o carro e pelo celular vem o comando que destrava a porta. Aí é só aproveitar a novidade. Já são 20 carros elétricos compartilhados em Fortaleza.

“Você tem a capacidade de circular por Fortaleza toda sem a necessidade de carregar e atende às suas necessidades. É muito bom, muito interessante”, afirmou.

Em Minas, cinco carros elétricos transportam funcionários do estado entre as sedes do governo, em Belo Horizonte. São 20 quilômetros da cidade administrativa até o Palácio da Liberdade.

“De fato, avaliar a economia e o menor impacto ambiental. É reduzir a poluição que é gerada. Você imagina, são várias viagens feitas diariamente pelos servidores”, disse Fabiana Santos, coordenadora do projeto Conect.Me.

A eletricidade não é nenhuma novidade no mundo dos automóveis. Lá em 1900 já tinha carro elétrico, tinha até estação de abastecimento, com uma fiarada danada. Só que, desde aquela época, o principal entrave para que esse tipo de veículo se torne mais popular continua o mesmo.

O professor Braz de Jesus Cardoso Filho, da UFMG, que estuda os carros elétricos há 30 anos, diz que criar postos de reabastecimento ainda é um desafio.

“É um problema difícil de resolver, porque na medida em que a frota de veículos elétricos é pequena não vai ser fácil achar investidores interessados em disponibilizar os pontos de recarga”, explicou Braz, que é professor titular do Departamento de Energia Elétrica da UFMG.

Hoje, a frota de carros elétricos e híbridos, que são movidos por eletricidade e outros combustíveis, ainda é muito pequena se comparada com o total de veículos do país.

Em Belo Horizonte, um acordo entre a prefeitura e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais facilitou o financiamento para a compra de taxis híbridos. O taxista Júlio César Nunes Júnior investiu R$ 117 mil e acha que valeu a pena.

“A matemática que eu fiz aí, creio eu, em quatro anos eu deva economizar em torno de R$ 60 mil só de combustível. Vou pagar quase metade desse carro só na economia do combustível. E um carro que polui menos, você já fica mais satisfeito. Você já está contribuindo com algo a mais na natureza”, explicou.

O bonitão chegando no ponto, na maior metrópole do país, é um ônibus híbrido. Por enquanto, é um teste em São Paulo. Quem entra, rapidinho percebe a diferença. “O motor não faz barulho, aquele barulhão que geralmente os comuns fazem, muito barulho. Mas esse não tem nem barulho”, disse o pintor David Silva Alves.

Se o passageiro aprovou, imagine então quem passa o dia todo ao volante. “A gente não sente. É tranquilo, é um carro para trabalhar maravilhoso”, afirmou o motorista do ônibus.

Assista ao vídeo completo da reportagem do Jornal Nacional clicando aqui

Fonte: Jornal Nacional

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