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Publicado em 01/09/2017
Prometendo não citar “Windows" e “Office” em sua fala, Bellizia começou lembrando que a tecnologia é sempre uma força por trás dessas ondas revolucionárias. A primeira revolução industrial foi desencadeada pelo motor a vapor; a segunda pela eletricidade e motor a combustão; e a terceira, pela automação. Na quarta, iniciada em 2016 e foco do evento, entram em cena big data, Internet das Coisas e inteligência artificial.
Um aspecto curioso comentado por ela a respeito da chamada indústria 4.0 se refere ao fim dos segmentos de atuação bem delimitados de cada empresa. Para Bellizia, “a competição virá de qualquer lugar. Uma empresa de manufatura pode ser financeira. Uma de varejo pode ter serviços. Não dá para prever na sua própria indústria como a competição vai acontecer”.
Permeando todas essas reviravoltas, está a tecnologia: “Um banco é uma empresa financeira ou de tecnologia? Um governo consegue não ser um governo digital? Uma indústria consegue não embarcar e não ser de tecnologia? Acreditamos que todas as empresas serão empresas de tecnologia.”
Os desafios para passar por essa transformação, segundo ela, são de quatro tipos: regulatórios, de segurança e privacidade, a transformação da sociedade e a produtividade. E ela já está acontecendo, diz, com a pressão vinda de ambos os lados — de clientes/consumidores e dos concorrentes. “Alguém está pensando na ruptura do seu negócio, repensando a saúde, a cadeia produtiva, e essas startups têm acesso a tecnologias que antes eram restritas a grandes empresas”, alerta.
A executiva, que já passou por empresas como Apple, Facebook e Telefônica, e, desde 2015, está à frente da Microsoft Brasil, citou alguns cases internos e externos de como essa nova formatação já impacta os negócios e como resultam em tecnologias que parecem ficção científica. O uso que ela faz da Cortana, a assistente virtual da Microsoft usada por 145 milhões de pessoas, impressionou os espectadores com o relato de um diálogo que culminou na compra de presentes para suas secretárias — tudo, de acordo com Bellizia, a partir da inteligência artificial aplicada à solução.
A apresentação ainda falou do Swiftkey, um teclado para celulares inteligente que
aprende a fazer previsões melhores de acordo com o vocabulário do usuário, o HoloLens, capacete de "realidade
mista” usado pela ThyssenKrupp na manutenção de elevadores, o Seeing AI, que condensa reconhecimento de imagens e inteligência artificial
em um app de celular para auxiliar deficientes visuais, e uma aplicação de reconhecimento de imagens, feita
para o Hospital 9 de Julho, em São Paulo, que diminui o número de quedas de camas de hospitais, um problema
cuja resolução é uma meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2004.
Citando a atual missão da Microsoft (“empoderar cada pessoa e cada organização no mundo
a conquistar mais”), o recado de Paula Bellizia para empresários e gestores foi bem direto: “Não
há o que fazer para parar a tecnologia. Se não encararmos esse desafio, ficaremos ainda mais para trás
nos rankings [de produtividade]. Não dá para nega-la ou fazer parte”.
Fonte: Gazeta do Povo
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