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Publicado em 25/07/2017
Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) mostram que atualmente o Brasil chegou à marca
de 12 mil consumidores conectados a rede produzindo sua própria energia através da micro e minigeração
distribuída (veja aqui) A expectativa é que
esse número aumente ainda mais até 2024, chegando a 1,2 milhões de prossumidores (produtos e consumidores
da própria energia).
A geração de energia pelos próprios consumidores tornou-se possível
a partir da Resolução Normativa da ANEEL nº 482/2012, a qual prevê o acesso de micro e minigeração
aos sistemas de distribuição de energia elétrica e também cria um sistema de compensação
de energia, o qual permite que o consumidor instale pequenos geradores em sua unidade consumidora e troque o excesso de energia
produzida com a distribuidora local.
Como funciona?
A resolução autoriza o uso de
qualquer fonte renovável, além da cogeração qualificada, denominando-se microgeração
distribuída a central geradora com potência instalada de até 75 Quilowatts (kW) e minigeração
distribuída – aquela com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW (sendo 3 MW para a fonte
hídrica), conectadas à rede de distribuição por meio de instalações de unidades
consumidoras.
Quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida
naquele período, o consumidor fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes.
O prazo de validade dos créditos é de 60 meses e eles podem ser usados também para abater o consumo
de unidades consumidoras do mesmo titular situadas em outro local, desde que na área de atendimento de uma mesma distribuidora.
Esse tipo de utilização dos créditos é chamado de “autoconsumo remoto”. Confira aqui mais
informações sobre micro e minigeração.
De acordo com a ANEEL até 11 de maio de 2017,
o país possuia cerca de 10.385 micro e mini usinas, as quais possuem potência instalada de 113 mil quilowatts
(kW). Atualmente os estados que lideram as instalações são Minas Gerais, Ceará, São Paulo
e Rio Grande do Sul e a fonte mais utilizada para esse tipo de geração é a energia solar fotovoltaica,
seguida da energia térmica e eólica.
Especialistas do setor ressaltam que a produção
de energia solar fotovoltaica brasileira ainda é pequena, chegando apenas a 0,09% da capacidade de geração
no país. Contudo com a adesão dos sistemas gerados a partir da micro e mini geração de energia,
o setor vem conseguindo um crescimento significativo, acompanhando desta forma o movimento já consolidado no exterior.
A expectativa dos profissionais é que a geração solar chegue a três gigawatts de potência
instalada no Brasil nos próximos anos.
O crescimento desse tipo de geração também
é significativo ao redor do mundo. Ao todo existem cerca de sete milhões de instalações solares
já conectadas a rede, o que gera um total de 300 mil megawatts (MW) de capacidade de energia no planeta.
Evento voltado para a Geração Distribuída
Pensando no grande mercado que a geração
distribuída vem consolidando aos poucos, tanto no Brasil como em outros países, a segunda edição
do Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD) já tem data para acontecer este ano.
Previsto para os dias 25 e 26 de outubro, em Fortaleza, no Ceará, o evento pretende disseminar ainda mais as fontes
limpas e renováveis na matriz energética brasileira e discutir o atual cenário da Geração
Distribuída no país. Realizado anualmente, o congresso acontecerá este ano na Federação
das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).
O CBGD conta com o apoio oficial de entidades e associações
ligadas ao setor de geração distribuída no Brasil e do exterior, como a Associação Mundial
de Bioenergia (WBA – sigla em inglês) e o Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR). O evento está
sendo organizado pela FRG Mídias & Eventos e conta com a parceria da Associação Brasileira de Geração
Distribuída (ABGD). O congresso busca alinhar as ideias entre fornecedores, consumidores, governo e também acadêmicos
voltados para o setor.
Fonte: Thayssen Carvalho - Brasil
Solar e MME
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