Copel investirá R$ 70 milhões em projetos para armazenar energia
Publicado em 26/05/2017
A Copel investirá R$ 70 milhões nos próximos quatro anos em pesquisa de novas tecnologias para armazenar
energia. O investimento se divide em sete diferentes projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) inscritos pela Copel
na Chamada 021/2016 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A execução começa ainda
em maio.
Os projetos buscam soluções inovadoras para otimizar a operação das “redes
inteligentes” (smart grids), que combinam tecnologias de distribuição de energia e telecomunicações
a fim de evitar interrupções no fornecimento de energia e possibilitar seu gerenciamento pelos consumidores.
“São projetos que apontam para o futuro imediato do setor elétrico”, afirma o presidente
da Copel, Antonio Guetter. “Atualmente, já é possível gerar energia em sua própria casa,
mas logo os consumidores terão também a possibilidade de gerenciar melhor seu consumo e auxiliar no equilíbrio
do sistema elétrico como um todo, vendendo a energia gerada em excesso para a distribuidora, que disporá de
modernos e complexos sistemas de armazenamento para estabilizar essa operação conjunta”.
Ao todo foram aprovados 23 projetos com propostas de arranjos técnicos e comerciais para inserir sistemas de armazenamento
de energia no setor elétrico brasileiro, o que significa que 30% dos projetos sobre o tema estão sob responsabilidade
da Copel.
MICROGRIDS - O armazenamento de energia é um elemento vital para integrar a geração
convencional, realizada de modo centralizado nas grandes usinas, à crescente geração realizada a partir
de fontes renováveis na ponta de consumo – em domicílios e pontos de comércio, indústria,
poder público.
Encontrar meios para armazenar a energia permitirá, assim, integrar fontes de geração
mais estáveis e previsíveis, como a hidráulica e térmica, a fontes intermitentes, como eólica,
solar e proveniente da biomassa, que são características da geração distribuída.
“Os projetos da Copel incorporam modernas baterias à geração distribuída, o que
permite a composição de pequenos sistemas elétricos autônomos, os microgrids, formado por um grupo
de consumidores que geram sua própria energia”, explica o superintendente de Smart Grid e Projetos Especiais
da Copel, Julio Omori. “Estas baterias devem melhorar o desempenho das redes e a integração das diferentes
fontes de geração.”
CULTURA DE INOVAÇÃO - Os projetos de P&D da Aneel
buscam promover a cultura da inovação no setor elétrico brasileiro. Para isso, a legislação
obriga a que todas as concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição,
transmissão e geração de energia elétrica destinem até 1% da sua receita operacional líquida
a projetos de P&D. A Aneel abre editais com temas específicos para captar e selecionar projetos.
Entre os critérios analisados pela Aneel para escolha dos projetos de P&D estão originalidade, aplicabilidade,
relevância e viabilidade econômica dos produtos ou serviços propostos. A intenção é
fomentar a criação de novos equipamentos ou o aprimoramento da prestação de serviços que
contribuam para a segurança do fornecimento de energia elétrica, a modicidade tarifária, a diminuição
do impacto ambiental do setor e também da dependência tecnológica do País.
Fonte:
Agência de Notícias do Paraná
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