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Falta de eficiência energética faz Brasil perder o equivalente a uma Itaipu por ano

Publicado em 07/03/2017

FONTE: www.meiofiltrante.com.br
Cerca de 50 mil gigawatts/hora por ano são gastos por devido à ineficiência no setor.
Dia 5 de março foi comemorado o Dia Mundial da Eficiência Energética .
É tempo de bandeira amarela! O símbolo, que mais uma vez aparece na conta de energia, avisa que o consumidor final brasileiro deverá lidar novamente com tarifas mais altas de energia, agora com valor reajustado.
Dia 5 de março é comemorado o Dia Mundial da Eficiência Energética. A data, ainda pouco conhecida por aqui, foi criada há 19 anos na Áustria, durante a primeira conferência internacional sobre o tema, buscando ampliar o conhecimento geral sobre o uso consciente de energia e contribuir para a solução da crescente crise energética, que – longe de ser uma exclusividade tupiniquim – assola a todo o planeta.
Ineficiência energética ocorre no desperdício de recursos ou uso de equipamentos que gastam mais do que deveriam. Para cumprir o prometido no Acordo de Paris e dar sua parcela justa nas emissões de gases de efeito estufa (GEE), países de todo o mundo têm investido em formas de energia que não emitam ou emitam menos GEE. Buscar mais fontes e menos perdas é essencial para permitir o crescimento econômico sem comprometer a segurança climática e ainda dar acesso ao mais de 1,5 bilhão de pessoas que não possui eletricidade no mundo.
No Brasil, de acordo a Associação Brasileira de Empresas de Serviço de Conservação de Energia (Abesco), cerca de 50 mil gigawatts/hora por ano são gastos por falta de eficiência. Isso equivale à capacidade plena de usina de Itaipu e uma economia de R$12 bilhões (a preços de 2014). Ações individuais de uso consciente dos recursos são essenciais e o movimento A Hora do Planeta, que acontece no próximo dia 25, é um bom momento para lembrar de bons hábitos, como um menor tempo no banho, desligar luzes de cômodos que não estão usados ou o menor uso de veículos individuais motorizados. Porém, para que o resultado seja expressivo, é crucial o envolvimento do governo.
Em relatório do International Energy Efficiency Scorecard com as principais economias consumidoras de energia, o Brasil aparece em penúltimo em políticas para eficiência energética, à frente apenas da Arábia Saudita. Boas iniciativas existem, como é o caso do Selo Procel (criado em 1993) ou da Política Nacional de Eficiência Energética. Nela, o Brasil prevê reduzir 10% no consumo até 2030, o equivalente a uma economia de 106 TWh e redução de 30 milhões de toneladas de CO2 naquele ano. Falta implementar e pensar a energia desde o início, como em sistemas de transporte mais eficientes ou construção de edifícios que aproveitem luminosidade e ventilação naturais sem depender de ar condicionado, o grande vilão do aquecimento global nas residências. Países como Austrália, Estados Unidos ou Reino Unido tiveram bons resultados na criação de políticas e modelos de eficiência energética para a construção civil. O investimento em sistemas de mini e microgeração de energia elétrica é também interessante, pois diminui a demanda de energia de grandes centrais hidrelétricas e termelétricas, com benefícios para o planeta, empregos para o país e redução de tarifa para o consumidor.
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