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Publicado em 13/09/2016
FONTE: http://www.biomassabioenergia.com.br/
Os investimentos em energia solar quadruplicaram nos últimos anos, mas ainda sofrem com a falta de incentivos e políticas públicas mais amigáveis.
Com seu crescimento quadruplicado nos dois últimos anos e 110 projetos de usinas fotovoltaicas em construção, o Brasil hoje tem 3.981 conexões de energia solar. Estes são sinais de um futuro com foco nas energias renováveis.
As capitais de Belém, Fortaleza, e Rio de Janeiro, Recife e Goiânia hoje têm o melhor retorno dos projetos de baixa tensão realizados em pequenos negócios, condomínios, hospitais, shopping centers e residências. Estima-se que em 2020 a energia solar será a forma mais barata de produzir eletricidade, este preço diminuirá em 60% até 2040.
Marcel Haratz, diretor da Comerc Solar, gestora de energia, acredita que é necessário apostar em energia limpa, renovável e que contribuirá com um desenvolvimento da indústria local. Para ele a energia fotovoltaica vive um boomno Brasil e no mundo, no entanto o domínio do mercado é uma estratégia de passos curtos. “A vantagem da energia solar frente a outras iniciativas sustentáveis tais como veículos elétricos é que não vamos mudar radicalmente as práticas existentes. A energia solar vem para agregar e com o decorrer dos anos se transformará na melhor alternativa econômica e ambiental” diz.
Entre as vantagens Haratz menciona a fácil instalação, o fato de ser uma energia renovável e abundante, a previsibilidade nos custos e a redução da dependência das distribuidoras locais. Outras alternativas são a durabilidade (de 20 a 25 anos nas placas) e a capacidade de chegar em áreas remotas.
O especialista considera como dificuldades o desconhecimento da tecnologia (fotovoltaica x aquecimento), financiamento dos projetos e o imediatismo da sociedade brasileira por mudanças.
Na visão de Haratz hoje não existe um apoio abrangente por parte do poder público, no entanto afirma que iniciativas como o Sistema de Compensação de Energia Elétrica com as Condições Gerais de Fornecimento (Resolução Normativa nº 414/2010) já são um ótimo começo.
O Sistema entrou em vigor em março deste ano e permite o uso das fontes renováveis para a micro geração de energia. Quando a quantidade de energia gerada durante um mês for superior à consumida as pessoas recebem créditos que podem ser utilizados para diminuir o valor das faturas dos próximos meses.“O Brasil é um território muito rico para o mercado de energias renováveis, mas ainda falta conhecimento por parte da população. Consciência ambiental e educação” defende Haratz
No 2015 a energia solar representava 0,01% da matriz elétrica Brasileira, a Eólica 3,5% e de Gás Natural 12,9% segundo dados do Ministério de Minas e Energia.
A expectativa é que até 2024 a energia solar chegue a 8300 MW de capacidade instalada. Em 2050, 18% dos domicílios dever usar geração fotovoltaica (13% da demanda elétrica de todo o Brasil).
Mais empregos e energia renovável
A energia fotovoltaica é fonte de novos empregos no mercado. Dados da Agência Internacional de Energias Renováveis revelam que 8,1 milhões de pessoas fazem parte da indústria global de energia renovável e 2,8 milhões estão no setor de energia solar.
Os países líderes nesta modalidade são China, Brasil e Índia. Até 2018 o setor fotovoltaico vai gerar até 90 mil empregos.
“ O Brasil está atravessando uma crise econômica, mas a prioridade ainda é energia solar e outras renováveis. Isso terá um impacto na taxa de emprego se o país estabelecer uma cadeia de valor robusta no setor. Há muitas oportunidades para jovens engenheiros, trabalhadores experientes e especialistas” reforça Florian Wessendorf, diretor da Solar Promotion Internacional.
Contexto Internacional
Na feira Intersolar South América, que aconteceu em São Paulo do 23 ao 25 de agosto, palestrantes do mundo todo apresentaram em workshops a realidade do mercado de energia fotovoltaica em outros países.
Bruce Douglas, diretor de Operações da Solar Power em Europa, apresentouum estudo dos países que mais investem em energia solar no continente. Sendo estes Reino Unido (35% da produção), Alemanha (27%) e França com (13%).
O estudo revela que a energia solar na Europa tem suporte nas plataformas de energia solar britânica e que o autoconsumo é o maior incentivo para a geração distribuída. Porém a Europa está perdendo mercado frente a Ásia e América.
Frank Haugwitz, diretor da Ásia Europe Clean Energy, demonstrou que nos últimos anos o mercado asiático atravessou uma transformação radical em relação a energia renovável “Considero que teve muito a ver com a contaminação ambiental. Os governos e a população desacreditavam na energia solar e hoje tem um interesse muito forte na aplicação desta eles mudaram o pensamento” explica.
Para as empresas do setor nos próximos anos a China será o epicentro da energia solar incentivando a criação de políticas para desenvolver a produção doméstica em países como Índia, Vietnam, Indonésia, Paquistão e Irã.
Economias prósperas, crescente demanda de energia, processo de urbanização, sistemas de eletrificação rural e iniciativas de mudanças climáticas fazem parte do processo de desenvolvimento da economia solar nos próximos anos.
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