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Publicado em 31/08/2016
FONTE:Gazeta do Povo
A incidência solar é importante, mas não é o único fator que deve ser observado na hora de investir em um sistema fotovoltaico para a geração de energia em casa. Para ajudar os consumidores na hora da tomada de decisão, a Comerc Energia lançou o Índice Comerc Solar, um ranking das capitais brasileiras que oferecem o melhor retorno econômico para projetos solares.
Embora o Brasil seja predominantemente ensolarado, a viabilidade de um sistema fotovoltaico também depende de outros fatores como o preço da tarifa de energia cobrada pela distribuidora local e o custo do ICMS. Em resumo, é preciso que haja um equilíbrio entre a insolação (medida pela quantidade de watts gerados por metro quadrado) e o custo da tarifa de energia. “Não adianta ter uma tarifa muito alta se a minha capacidade de geração de energia solar é baixa e vice versa”, explica Marcel Haratz, diretor da unidade Comerc Solar, unidade especializada do grupo Comerc Energia.
Considerando esses fatores, Belém (PA), Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE) e Goiânia (GO) despontaram no ranking da Comerc como as capitais que oferecem o melhor retorno financeiro para projetos residenciais de energia solar. Embora o índice de insolação das duas capitais nordestinas seja maior, elas têm tarifas de energia mais baixas.
Curitiba aparece no lado oposto do ranking, entre as cinco capitais menos favoráveis do ponto de vista da viabilidade de projetos fotovoltaicos. Aqui a tarifa de energia para baixa tensão é alta (R$ 677,45 por MWh), mas a insolação é baixa.
Na prática, isso não significa que projetos dessa natureza não são viáveis aqui, mas o retorno do investimento tende a ser mais demorado. Enquanto o investimento em um projeto fotovoltaico em Belém (R$ 700,52 por MWh) tem retorno em 5,1 anos, em Curitiba, o mesmo projeto, levaria quase dois anos a mais para “se pagar”.
“Um pay back [tempo necessário para recuperar o investimento] de quase sete anos para um projeto solar não é ruim, principalmente se lembrarmos que um painel solar tem vida útil de 20 a 25 anos”, afirma Haratz. Segundo ele, um projeto solar também traz previsibilidade no custo da energia. “O consumidor fica menos vulnerável às variações de preço das distribuidoras. Ao longo dos anos, se a tarifa subir ou não, isso não vai influenciar a tarifa dele ou vai influenciar menos”, acrescenta.
Para ter uma ideia, um sistema para atender uma casa pequena, de até duas pessoas apenas, com demanda de 1,5 Kilowatt-pico (Kwp), pode custar de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Já um sistema de 3 Kwp, que supre a necessidade energética de uma casa média com quatro moradores, pode custar de R$ 25 mil a R$ 32 mil. Em uma casa grande, com cinco pessoas, um sistema de 5 Kwp custa entre R$ 36,5 mil e R$ 46,5 mil.
Vendo o estado do Paraná como um todo, ao contrário do que se imagina, este tem um enorme potencial de produção de energia solar fotovoltaica, conforme mostra um estudo dos pesquisadores da UTFPR, professores Dr. Gerson Tiepolo e Dr. Jair Urbanetz.
O artigo publicado “Comparação entre o potencial de Geração Fotovoltaica no Estado do Paraná com Alemanha, Itália e Espanha” (Gerson Tiepolo, et al.) apresenta o Mapa Fotovoltaico do Estado do Paraná, com os respectivos valores referentes à média anual e médias diárias sazonais, e em seguida compara-se com os Mapas Fotovoltaicos da Alemanha, Itália e Espanha, países com a maior capacidade instalada na Europa.
Os dados apresentados mostram que no estado do Paraná, mesmo no período de inverno, quando os valores de irradiação são muito menores em comparação com outros períodos do ano, os valores de produtividade para um dia médio (entre 3,09 e 4,11 kWh/kWp) são muito superiores aos valores de produtividade para um dia médio do ano na Alemanha (entre 2,16 e 2,98 kWh/kWp), por exemplo.
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