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Itaipu tem os melhores cinco meses de produção de todos os tempos

Publicado em 01/06/2016

FONTE: Itaipu.gov.br

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Pela primeira vez na história dos 32 anos de operação de Itaipu, a produção da usina superou a marca dos 43 milhões de megawatts-hora (MWh) no período de cinco meses. De janeiro até agora, a Itaipu contribuiu com 43.053.000 MWh para o setor elétrico brasileiro e paraguaio.

Essa energia toda seria suficiente para abastecer o Brasil inteiro por 30 dias e uma cidade do porte de São Paulo por um ano e meio. Essa quantidade também supera os 39,5 milhões de MWh estimados de geração anual da usina de Belo Monte.

Este é mais um dos recordes atingidos em 2016 pela binacional, que caminha para superar os 51 milhões de MWh no semestre, o que é outra marca inédita. Em duas vezes, 2012 e 2013, a Itaipu atingiu os 50 milhões de MWh nos primeiros seis meses do ano. Foram os dois anos de maior produção da usina.

Os 43 milhões de MWh representam 1,2 milhão de MWh a mais (2,8%) que a produção no mesmo período de 2013, ano do recorde mundial estabelecido pela hidrelétrica, com 98,6 milhões de MWh.

Já em relação ao mesmo período de 2015, quando totalizou 36,4 milhões de MWh, o volume é 18% maior. Só essa diferença de 6,6 milhões de MWh é equivalente à metade do consumo anual do Estado de Pernambuco ou de todo o consumo anual do Distrito Federal.

Motivos

O diretor técnico executivo da Itaipu, Airton Dipp, explica que os principais fatores para essa produção excepcional são matéria-prima em abundância, no caso, a água, otimização dos recursos disponíveis na área técnica, bom estado dos equipamentos, maior demanda do Operador Nacional do Sistema e bom sincronismo na coordenação dos trabalhos de Itaipu em parceria com a Eletrobras, Ande, ONS, Furnas e Copel.

Produtividade

De acordo com o superintendente de Operação, Celso Torino, além da geração excepcional, outro aspecto considerável é a produtividade. Ele cita vários exemplos dessa contribuição positiva de Itaipu para o sistema elétrico dos dois países.

Os principais indicadores de eficiência são considerados muito bons. Neste período, a disponibilidade das unidades geradoras foi de 97% e a indisponibilidade forçada, 0,01%. O Fator de Capacidade Operativa, que sinaliza a quantidade de água que a hidrelétrica consegue transformar em energia, foi de 94%.

Atendimento de ponta

Outra contribuição é o atendimento de ponta. “Poucas usinas de energia no mundo conseguem atender de forma imediata, colocando à disposição, em poucos minutos após demandada, uma quantidade de potência da ordem de milhares de MW.”

Torino explica que essa disponibilidade do recurso “é crucial numa tarde de verão no Brasil, quando o consumo atinge algo como 85 mil MW por algumas horas. No verão paraguaio, não é diferente”. Também destaca, entre outros fatores, o controle de voltagem da usina. “Manter a tensão numa faixa adequada é uma das condições mais importantes para a segurança técnica do escoamento da energia até os consumidores."

Segundo o superintendente, a usina de Itaipu possui uma capacidade imensa de prover e consumir energia reativa, o que é fundamental para o controle da voltagem do sistema elétrico nacional.

Substituição rápida

A usina também oferece pronta resposta a perturbações e a fontes intermitentes do Sistema Interligado Nacional (SIN). “Itaipu é uma das principais fontes de substituição rápida de outras fontes de energia do país, que eventual e repentinamente param de funcionar”, explica.

Para Torino, é natural que, diante de falhas na geração, o Operador Nacional do Sistema (ONS) queira repor 500 MW ou 1.000 MW no SIN rapidamente, preservando ao máximo possível a configuração e os fluxos programados até então. O superintendente explica que alterar de forma significativa tais fluxos em tempo real representa um risco de novas falhas. “Em cenários emergenciais como este, em especial na região Sudeste e Centro-Oeste, a Itaipu é frequentemente a melhor alternativa."

Ainda de acordo com Torino, é fato que eventualmente é necessário que uma fonte com combustível abundante, com grande capacidade de potência e agilidade na resposta, seja chamada a compensar a falta da energia não prevista de uma outra, intermitente. “A Itaipu já tem cumprido com esse papel”, conclui.

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