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Publicado em 03/03/2016
FONTE/AUTORIA: Jose Roberto de Moraes
A energia eólica é engrenagem primordial no crescimento do setor de energia renovável. O Ministério de Minas e Energia divulgou em dezembro o levantamento “Energia Eólica no Brasil e no Mundo”- ano referência 2014. Ocupamos o quarto lugar no ranking mundial de expansão de potência eólica. Tal cenário, contudo, não dá visibilidade aos desafios que enfrentamos.
Para seguir em frente, precisamos tocar em assuntos delicados como infraestrutura e desburocratização. Das opções de produção de energia disponíveis no Brasil, a eólica é a mais limpa e com mais baixo impacto ambiental. Todavia, esse potencial esbarra na burocracia e na falta de planejamento.
Um dos desafios está na distribuição. O fato de existir energia elétrica disponível não utilizada é uma falha grave, ainda mais diante de fatores como ameaças de racionamento, necessidade de despacho de termelétricas, entre outras questões que elevam os custos da energia.
Os parques eólicos ainda não estão conectados à rede devido a atrasos na implementação das linhas de transmissão, o que demonstra uso de estratégias inadequadas ou, no mínimo, pouco eficazes. A exigência de documentação extensiva, que raramente é verificada por quem a solicita, também causa atrasos no início de qualquer etapa de construção de um projeto de usina eólica.
Para promover a eficiência energética do país, atingir a previsão otimista divulgada pelo Ministério e continuar crescendo, o setor precisa de um planejamento claro e objetivo aliado a uma gestão energética desburocratizada. Quanto mais tardarem medidas para mitigar os constantes desafios do setor, maior o risco de que o destaque da energia eólica seja apenas um vento passageiro.
José Roberto de Moraes, CEO da Atlantic Energias Renováveis S/A, empresa brasileira focada no desenvolvimento e operação de usinas de geração de energia renovável.
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