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Publicado em 22/07/2015
Um setor que tem passado longe da crise é o dos fabricantes de peças para gerar energia eólica, do
vento. Antecipando que o consumo iria crescer, o governo deu incentivos para quem acreditou no mercado nacional.
A fábrica
tem encomendas até 2016. Para garantir a entrega, os funcionários se revezam em dois turnos e já se fala
no terceiro.
A indústria de energia eólica no país deve gerar 56 mil empregos neste ano. Até
2018, a produção vai crescer quase 30% ao ano.
Esse fôlego é consequência de contratos
fechados cinco anos atrás. Época de um brasil otimista. “O que o setor de eólica vive hoje são
as expectativas do passado e as expectativas do passado era que o Brasil estaria hoje vivendo um forte crescimento econômico”,
explica Erik Rego, diretor da Excelência Energética.
Esperando um aumento no consumo de energia, o governo
ofereceu juros baixos para investidores que nacionalizassem a fabricação de peças. Deu certo. Uma multinacional
de campinas, que fabrica geradores, deve chegar a mil peças no fim do ano.
Tudo que envolve a construção
de um parque eólico é grandioso. A peça onde são encaixadas as pás, que depois vão
girar com o vento, tem quatro metros de altura. Quando se fala em energia eólica, a única coisa que ainda é
pequena é a participação dela na matriz energética do país, mas isso está mudando.
Hoje, as hidrelétricas respondem por 62% da capacidade de geração de eletricidade no brasil. As usinas
térmicas são responsáveis por 28% e a energia eólica tem apenas 4% de participação.
“Até o final do ano, a gente acredita que vai ser dez gigawatts instalados. Hoje a gente tem aproximadamente
sete gigawatts e acreditamos que nos próximos quatro anos esse número deve dobrar, duplicar. Então é
muito, muito promissor”, garante Michele Robert, diretora-geral de conversão de energia.
Com 262 parques
eólicos em 12 estados, o país tem vento de sobra para muito mais, mas o especialista lembra que, para aproveitar
bem os ventos a favor, o brasil precisa melhorar a rede de transmissão. A ideia é aumentar a integração
de regiões como sul e sudeste, que são mais hidrelétricos, com o nordeste, principal produtor de energia
eólica.
“Parou de ventar em uma grande região, você vai ter uma queda abrupta de fornecimento
de energia por uma questão de perda de vento. Eu preciso de outras fontes pra poder estar complementando a matriz.
Pra ter uma segurança energética razoável pro sistema”, explica Erik Rego.
Informação de: G1
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