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Publicado em 03/07/2015
A atual crise energética no país, decorrente do baixo nível de reservatório das usinas hidrelétricas em razão da falta de chuvas, pode representar uma boa oportunidade para a silvicultura. Uma das alternativas seria a geração de energia termelétrica com o uso da biomassa florestal, uma fonte de energia renovável obtida a partir da exploração de madeira, que tem um custo, em média, 40% menor do que os combustíveis fósseis utilizados nas usinas térmicas.
Esta é uma das conclusões do Boletim Ativos da Silvicultura, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Dendrus Projetos Florestais. O estudo aponta uma tendência de substituição gradual de fontes energéticas não renováveis, como os derivados do petróleo, por combustíveis limpos, produzidos a partir de pedaços de madeira, os chamados cavacos, para a geração de energia termelétrica.
“Mesmo que os derivados de petróleo representem 60% da demanda industrial por energia/vapor, muitas indústrias estão substituindo combustíveis não renováveis por biomassa florestal”, explica o estudo. Em algumas regiões do país, como o Leste e o Oeste de Minas Gerais, esta troca de matriz energética já é uma realidade, com as indústrias e agroindústrias apresentando redução expressiva dos custos de produção e, assim, diminuindo a dependência dos combustíveis fósseis.
“Dada a persistência da crise energética, com sucessivas possibilidades de racionamento e aumentos nos preços da energia, as termoelétricas à biomassa florestal já são realidade”, destaca o boletim. O Ativos da Silvicultura mostra ainda que as usinas de álcool e açúcar também estão adquirindo cavacos de madeira para complementar a utilização do bagaço da cana e ajudar na cogeração de energia elétrica, principalmente no período de entressafra, visando honrar os compromissos com a venda de energia.
Um mercado oportuno para o Brasil, de acordo com o boletim, é a União Europeia, que tende a aumentar o consumo de resíduos de madeira (pellets) até 2020, com uma meta de 29 milhões de toneladas. Deste total, 66% dos pellets devem ser provenientes da América do Norte e do Brasil. Entretanto, o estudo ressalta alguns desafios para a produção de biomassa florestal, como o excesso de burocracia na parte ambiental e a falta de políticas públicas para promover a expansão deste segmento.
Boletim Ativos da Silvicultura - Edição 9/Junho de 2015:
http://www.canaldoprodutor.com.br/sites/default/files/Ativos_Silvi_9.pdf
Informação de: Portal do Agronegócio
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