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Publicado em 27/05/2015
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) finalizou recentemente um projeto inovador para obtenção do silício de alta pureza, denominado Silício Grau Solar (SiGS), que poderá alavancar a indústria de energia fotovoltaica no país. Em todo o mundo há apenas um projeto em fase industrial de produção do silício solar pela rota metalúrgica, na Noruega.
O Silício Grau Solar é empregado na produção de células solares fotovoltaicas, utilizadas para a conversão da energia solar em energia elétrica. Ele foi obtido a partir de uma rota metalúrgica alternativa desenvolvida pelo IPT.
“Na rota metalúrgica, o desafio é muito mais técnico que econômico, já que as operações envolvidas na purificação do silício por esta rota, como fusão, solidificação controlada, refino piro e hidrometalúrgico, são muito mais próximas do que é dominado hoje pelas indústrias brasileiras produtoras de silício grau metalúrgico, facilitando sua adaptação” diz o pesquisador e coordenador do projeto no IPT, João Batista Ferreira Neto.
Como principal matéria-prima para fabricação das células solares, o silício acompanha o acentuado crescimento da demanda por SiGS, decorrente da expansão do mercado da energia solar fotovoltaica como fonte alternativa e renovável de energia. “Agora é o momento de se buscar parcerias para o estabelecimento de uma indústria produtora desta que é a principal matéria-prima empregada na produção de células solares fotovoltaicas, o que certamente vai baratear toda a cadeia da energia solar brasileira” diz o diretor do Centro de Tecnologia em Metalurgia e Materiais do IPT, Mario Boccalini.
A Companhia Ferroligas Minas Gerais (Minasligas), principal parceiro do projeto, produz e comercializa ferro silício 75% e silício metálico, com uma capacidade para produzir anualmente cerca de 60 000t de ferro silício 75% e 20.000t de silício metalúrgico. O IPT submeteu a proposta de projeto de P&D&I, com duração de 3 anos, ao FUNTEC/BNDES (Fundo de Tecnologia do BNDES) tendo como parceira a MINASLIGAS, a qual aportará aproximadamente 10% dos recursos necessários para realização do projeto. A proposta aprovada contará com apoio financeiro do BNDES, no valor de aproximadamente R$ 11,6 milhões provenientes do FUNTEC.
Informação de: Página Sustentável
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