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Publicado em 04/03/2015
A preocupação com a sustentabilidade dos empreendimentos imobiliários coloca o Paraná como o terceiro estado do país em número de projetos “verdes”. No total, são 14 construções certificadas com o selo LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental, na sigla em inglês) e outras 50 em processo de certificação.
No ranking nacional, o estado só fica atrás de São Paulo (com 144 projetos certificados) e Rio de Janeiro (com 31 certificações) no total de projetos que buscam a excelência em sustentabilidade para seus espaços construídos. Os dados são do Green Building Council Brasil (GBC Brasil), entidade responsável pela certificação no país.
“Esta posição é parte da herança histórica da vanguarda que vimos em Curitiba e no Paraná em termos de sustentabilidade. Também é resultado do pioneirismo de algumas empresas que, ao perceberem a busca do mercado por qualidade e inovação, viram na certificação e nas construções sustentáveis a forma de oferecê-las”, resume Guido Petinelli, arquiteto e consultor especializado em certificação LEED.
O incentivo para o investimento dos incorporadores em soluções que promovam a eficiência energética dos projetos vai além das questões exclusivamente ambientais. Para o mercado, o LEED representa, antes de tudo, um fator de atração, uma forma de diferenciar o empreendimento dos concorrentes em um cenário cada vez mais competitivo.
Isto porque a certificação atesta a adoção de soluções e tecnologias que, ao reduzirem o consumo dos recursos naturais, diminuem também os custos de operação do empreendimento, seja ele voltado ao comércio, indústria, serviços ou saúde.
“Os empreendimentos comerciais demandam gastos elevados, que podem ser muito dispendiosos ao longo da vida do imóvel. Isso faz com que os compradores estejam mais atentos e exigentes para a presença de dispositivos que reduzam o consumo de água e energia, por exemplo”, explica Vanessa Rocha Siqueira, arquiteta especializada em LEED e consultora em sustentabilidade.
A economia dos recursos naturais e a preocupação com o conforto das pessoas que irão ocupar o prédio são outras vantagens da adoção das soluções sustentáveis necessárias à certificação LEED.
De acordo com o GBC Brasil, a economia no consumo de energia do empreendimento é de cerca de 30%. No que se refere ao uso da água, a redução média é de 40%. “O aspecto ambiental envolve todas as questões de economia de recursos naturais, seja pelo reaproveitamento, reciclagem ou redução do consumo”, explica Vanessa.
A arquiteta lembra que aspectos sociais – como o impedimento de qualquer tipo de contratação ilegal, que fuja ao determinado pelas leis trabalhistas –e econômicos, como a compra de insumos dentro de um raio de até 400 quilômetros, que estimulam a economia local, também compõem o chamado tripé da sustentabilidade do LEED e valem créditos para a certificação.
Informação de: Gazeta do Povo
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