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Publicado em 29/01/2015
A produção de energia eólica, que se expande em todo o mundo, incluindo o Brasil, pode ganhar um novo impulso: pesquisadores da Universidade de Wollogong, na Austrália, desenvolvem um novo tipo de turbinas eólicas feitas de material supercondutor, 40% mais leves que os modelos atuais. Para obter essa redução, seus projetistas planejam substituir a pesada caixa de engrenagens da turbina por uma bobina de magnésio supercondutor diboride, capaz de captar a força do vento e transformá-la em eletricidade sem perda de energia e a um custo 2/3 menor. O coordenador do projeto, Shahriar Hossain, colocou um video no YouTube (em inglês) explicando a ideia.
Os supercondutores são materiais que transportam eletricidade ou elétrons de um átomo para outro sem resistências. Isso significa que nenhum calor, som ou outra forma de energia são liberados quando esse material atinge a chamada "temperatura crítica" - o momento em que se torna supercondutor. Desenvolvida pelo Instituto de Materiais Supercondutores e Eletrônicos da Universidade, a nova turbina pode entrar em operação em usinas de energia eólica da costa australiana nos próximos cinco anos.
"A Austrália precisa desesperadamente de energia renovável e sustentável. E o vento é barato, limpo e acessível em dias de sol ou chuva", diz Hossain. Considerando que o país tem 35 mil quilômetros de costa, não faltará espaço para instalar usina eólicas.
Os materiais supercondutores vêm ganhando grande atenção da comunidade científica e da indústria por seu potencial de revolucionar os atuais sistemas de força e baterias. Hoje, esses sistemas ainda geram e distribuem energia por meio de condutores de cobre, mas durante o processo se perde cerca de 10% da energia gerada devido à resistência existente no material. Além disso, o cobre tem durabilidade limitada, necessitando de contínua manutenção e substituição.
Já os supercondutores, por não oferecerem resistência, são capazes de transmitir e armazenar energia sem perdas. Também permitem que a corrente elétrica circule indefinidamente, mesmo quando o equipamento está desligado. E seus custos tendem a cair cada vez mais, à medida que sua produção seja expandida.
Informação de: Época Negócios
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