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Publicado em 16/01/2015
O Rio Grande do Sul conta agora com uma nova ferramenta para orientar a expansão do aproveitamento dos ventos para produção de energia no Estado que tem o terceiro maior parque gerador do Brasil, com mais de 1 gigawatt (GW) de potência instalada, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). O governo do Estado, por meio da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), lançou recentemente, em Porto Alegre, a edição atualizada do Atlas Eólico, cuja elaboração foi coordenada pela Eletrosul.
A publicação traz o resultado das medições realizadas em 70 torres, apontando que, com ventos de sete metros por segundo ou mais, o potencial gaúcho é de 102,3 GW à altura de 100 metros e de 245,3 GW extrapolado para a altura de 150 metros. Um dos diferenciais do novo atlas é a apresentação do regime de ventos e do potencial eólico offshore. Foi avaliado o potencial sobre as três principais lagoas do Estado – dos Patos, Mirim e Mangueira – e sobre o oceano. Sobre as lagoas, a 100 metros de altura, o potencial é de 40 GW, enquanto que, para lâminas d'água de até 50 metros, o potencial eólico sobre o oceano é de 110 GW.
“O potencial identificado no primeiro atlas permitiu ao Estado formar um dos principais parques geradores do País e se tornar referência no setor. A ampliação das oportunidades nos levará ainda mais longe”, afirmou o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Rio Grande do Sul, Mauro Knijnik.
O diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul e coordenador das duas edições do Atlas Eólico do Rio Grande do Sul, Ronaldo dos Santos Custódio, lembrou que o Estado já havia sido pioneiro ao elaborar esses estudos em um período em que praticamente não se falava de energia eólica no Brasil. Nessa segunda edição, inova mais uma vez ao inserir avaliações do potencial offshore e a identificação do potencial dos municípios e das regiões, de acordo com a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O novo atlas vem com um nível de refinamento extraordinário, que vai nos trazer excelentes resultados e será muito útil tanto para políticas públicas como para o planejamento das empresas que investem em energia eólica”, afirmou Custódio.
Para o executivo, a revisão era necessária, pois ao longo de 12 anos, desde o lançamento do primeiro atlas, em 2002, houve evoluções tecnológicas nos modelos meteorológicos que fazem as estimativas, além do conhecimento técnico adquirido nesse período, a partir das campanhas de medição de ventos e da operação efetiva de parques eólicos, que vêm assegurando ao Rio Grande do Sul posição de destaque no mercado de energia dos ventos. “Todo o banco de dados de medição da Eletrosul foi utilizado, o que já seria suficiente para elaborar o atlas. No entanto, o governo do Estado conseguiu mobilizar todo o setor eólico do Rio Grande do Sul, que também forneceu suas informações, enriquecendo ainda mais esse trabalho.” Além dos dados da Eletrosul e do atlas de 2002, a Camargo Schubert, executora do projeto, utilizou informações fornecidas por outras 21 empresas do setor.
Informação de: Página Sustentável
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