Laboratórios desenvolvem protótipos em 3D para empresas de petróleo e gás
Publicado em 19/09/2014
Laboratórios do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e da Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro (PUC-RJ) estão sendo estruturados para desenvolver protótipos em terceira dimensão (3D).
Os investimentos alcançam cerca de R$ 10 milhões, oriundos de participação especial da Petrobras
em campos de exploração de petróleo com maior produtividade. O laboratório do INT recebeu duas
impressoras 3D com capacidade para imprimir peças de grandes proporções. A área de engenharia
da Petrobras vai encomendar ao laboratório um modelo em polímero de navio-plataforma do tipo FPSO (Floating,
Production, Storage and Offloading System) -modelo flutuante de produção, estocagem e escoamento, que permitirá
testar interfaces entre o casco e as instalações que ficam acima da linha da água da embarcação,
denominada topside. Um navio desse tipo mede 400 metros.
O gerente de Tecnologia Naval e Offshore da Organização Nacional da Indústria do Petróleo
(Onip), Jorge Bruno, destacou que a encomenda é inédita no mundo. “É um grande passo em termos
de fabricação digital. Uma tendência para o futuro”, segundo ele. Jorge Bruno disse que o desenvolvimento
de protótipos e o lançamento de novos equipamentos com base em novos materiais ganhou agilidade, pois “é
quase infinita a possibilidade de fabricação digital com impressão 3D”. O uso desses protótipos
é útil para outras empresas do setor de petróleo e gás, além da Petrobras, bem como
para todos os demais setores, avaliou ele.
A PUC-RJ também trabalha no projeto, com impressora 3D capaz de imprimir protótipos em oito tipos de metal,
e comprou equipamentos capazes de fabricar protótipos de hardware (parte física de um computador) eletrônico
e de softwares (programas). Placas de circuito impresso, que eram feitas anteriormente no exterior e demoravam vários
meses para serem finalizadas, agora ficam prontas em poucas horas, comentou a assessoria de imprensa da Petrobras.
O Núcleo de Experimentação Tridimensional da PUC-Rio também tem scanners 3D (digitalizadores
de imagens e textos) e impressora 3D de alta definição, além de braço robô para a confecção
de componentes de grandes dimensões. O gerente da Onip observou que o protótipo do FPSO fará as análises
na prática, e acrescentou que "será muito mais fácil analisar as condições de encaixe,
de interligações. Isso vai facilitar muito a integração, futuramente”, além de reduzir
custos.
Segundo ele, "aquilo que você não conseguiu prever na tela do computador, no protótipo ao vivo e
em 3D você acelera. Não perde tempo. Com o protótipo, você consegue ensaiar muito melhor do que
na tela”. Salientou que isso trará ganhos também em termos de confiabilidade, compromisso do cronograma,
redução de tempo de integração, “e isso tudo é dinheiro, no final das contas”.
Informação de: Tn Sustentável
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