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Publicado em 28/08/2014
Um novo tipo de painel solar, chamado de "concentrador solar luminescente transparente", está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos. Diferentemente dos modelos tradicionais, a novidade não bloqueia a visão, podendo ser aplicado em janelas, celulares ou em qualquer dispositivo que tenha superfície translúcida. Essa característica permite aumentar a área utilizada na geração de energia solar.
O sistema de coleta solar usa pequenas moléculas orgânicas para absorver comprimentos de onda não visíveis específicas da luz solar. "Como os materiais não absorvem ou emitem luz no espectro visível, eles parecem excepcionalmente transparente ao olho humano", explicou Richard Lunt, professor assistente de engenharia química e ciência dos materiais da Universidade de Michigan.
Líder da equipe de pesquisadores, Lunt descreveu o funcionamento da invenção: "Podemos ajustar esses materiais para captar apenas o (raio) ultravioleta e os comprimentos de onda infravermelha próximos, que então ‘acendem' em outro comprimento de onda no infravermelho. A luz infravermelha incandescente é direcionada para a extremidade do plástico, onde é convertida em eletricidade através de finas tiras de células solares fotovoltaicas."
Estudos sobre produção de energia a partir desse tipo de células solar não são novidade. Mas esta é a primeira vez que os resultados são satisfatórios. Nas investidas anteriores, a produção de energia era ineficiente e os material ficou altamente colorido. "Ninguém quer sentar atrás de um vidro colorido. É como trabalhar em uma discoteca. Nós usamos uma metodologia em que fizemos a camada luminescente ativa realmente transparente", disse Lunt.
O concentrador transparente ainda não está pronto para comercialização. No momento, apresenta taxa de eficiência de conversão de energia na ordem de 1%, mas o time de Michigan quer chegar a 5% - o melhor desempenho de um concentrador solar luminescente obtido até hoje foi de 7%. Não há previsão de quanto tempo isso irá demandar, mas o professor é otimista: "Isso abre uma grande área para implementar energia solar de uma forma não intrusiva", avaliou Lunt.
Informação de: Bioenergia
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