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Publicado em 24/07/2014
O desenvolvimento de uma usina a biogás nas Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) tem apresentado avanços. O valor total do projeto para a aplicação na usina é de R$3,37 milhões, sendo R$2,6 milhões para a compra de equipamentos, que serão adquiridos pela CEEE. O restante caberá ao Senai e Ceasa, responsáveis por implementar a usina desde o fornecimento da área física para a instalação, operação e manutenção, além da provisão do material para o funcionamento, como um triturador para biomassa.
Segundo o presidente da Ceasa/RS, Paulino Donatti, a meta com a construção da usina e, posteriormente, de biofertilizante, é aproveitar 70% do lixo orgânico produzido no complexo, com o objetivo de gerar até 30% de seu consumo energético. O projeto gaúcho poderá servir de exemplo para uma política nacional para tratamento dos resíduos de hortigranjeiros nas 29 centrais de abastecimento existentes no Brasil.
Nesta semana, técnicos do Senai visitaram a estação de manejo e transbordo, para avaliar a disposição dos equipamentos para seu atendimento, bem como da usina, e do fornecimento de energia para hortigranjeiros do Estado.
Com a conclusão das obras civis da estação de transbordo, está em andamento a segunda etapa do projeto que prevê o gerenciamento remoto, e reduzindo em até 75% as emissões de gases de efeito estufa. A usina dará destino energético a 7,2 milhões de toneladas por ano de resíduos da Ceasa.
Além da energia gerada, suficiente para um condomínio com cerca de 250 habitantes, não será mais preciso o deslocamento do transporte dos resíduos da central para o aterro sanitário, evitando também a emissão de 38 toneladas de carbono/ano.
A parceria entre a Ceasa com o Grupo CEEE e o Serviço Nacional da Indústria (Senai/RS), por meio do Conselho Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL), Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas (Ceta), Escola Senai Nilo Bettanin e pela Faculdade Senai de Tecnologia, que desenvolveu uma bactéria específica para deteriorar hortigranjeiros, é resultado de uma chamada estratégica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e faz parte dos investimentos que as distribuidoras de energia elétrica devem fazer na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
Informação de: Jornal da Energia
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