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Publicado em 14/07/2014
Realidade em países como Alemanha e Japão, a energia solar deve dar seu primeiro passo efetivo no mercado brasileiro em outubro, quando será realizado o próximo leilão de energia de reserva. A expectativa é de que sejam leiloados entre 500 MW e 1 GW de energia solar – um fato inédito no Brasil.
Em 2013, o governo brasileiro autorizou a presença de empreendimentos solares em dois leilões, mas em nenhum deles a energia foi vendida, por não ter preço competitivo. O leilão de outubro deve ter desfecho diferente. O governo decidiu promover uma disputa em que não haja concorrência entre as fontes. Isso significa que, ao contrário do que aconteceu no ano passado, os projetos solares não vão disputar espaço com empreendimentos mais competitivos, como os eólicos.
No setor, a expectativa é de que o preço-teto fique entre R$ 230/MWh e R$ 250/MWh. Os projetos devem ter capacidade de aproximadamente 150 MW – um contraste em relação aos projetos experimentais existentes no Brasil até agora, de no máximo 1 MW.
Isso deve fazer com que 2014 seja o primeiro ano dos grandes projetos solares no Brasil. Os executivos do setor aguardam do governo a confirmação do preço-teto e a liberação de financiamento do BNDES em condições compatíveis com a realidade embrionária da energia solar no Brasil.
Em setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também realizará um leilão que contará com energia solar, mas sem a separação por fontes. Mais de 200 projetos solares foram cadastrados, com oferta superior a 6,3 GW.
Pioneirismo
O governo de Pernambuco foi o primeiro a tornar viável a contratação de projetos solares. Em uma iniciativa inédita, o estado promoveu, em dezembro de 2013, um leilão específico de fonte solar que resultou na contratação de 92 MW, a um preço médio de R$ 228,63.
“Quatro anos atrás definimos que precisaríamos identificar fontes renováveis mais competitivas (para o Estado). Iniciamos com a fonte eólica e o caminho da solar é o mesmo. Precisávamos criar um ambiente de negócios no estado”, disse o secretário executivo de Energia de Pernambuco, Eduardo Azevedo.
“O preço em Pernambuco foi concreto. Um processo transparente. Ali se verificou que ‘dava jogo’ preços menores do que R$ 250/MWh”, destaca o vice-presidente executivo da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Leonardo Calabró.
Informação de: Gazeta do Povo
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