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Publicado em 16/05/2014
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou,
no dia 13, em caráter conclusivo, proposta que garante desconto de 50% nas tarifas de uso dos sistemas elétricos
de transmissão e geração para quem produz a própria energia. Atualmente, os pequenos comercializadores
(entre 1 mil e 30 mil quilowatts) já têm direito ao benefício.
Devido à complexidade
do sistema elétrico do País, existe dúvida quanto à validade atual do benefício para quem
gera a energia que consome. Isso porque, ao usar a rede de transmissão, há pagamento, e o que é vendido,
nesses casos, é apenas a garantia ou disponibilidade física da energia na rede, e não a própria
energia gerada. Com o projeto, portanto, fica claro o desconto ao autoprodutor.
O relator da matéria na
CCJ, deputado Gabriel Guimarães (PT-MG), acredita que a medida se mostra tecnicamente viável, e recomendou sua
aprovação. Ele deu preferência ao substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Econômico,
Indústria e Comércio ao Projeto
de Lei 4404/08, do Senado, e considerou falho o substitutivo da Comissão de Minas e Energia.
Para Guimarães,
a solução encontrada pela Comissão de Minas e Energia – trocar a expressão “energia
comercializada” por “energia gerada” – não assegurava realmente o incentivo proposto. “Essa
modificação causa incerteza sobre a aplicação do desconto aos produtores independentes que não
geram a energia”, disse.
Texto original
O texto original do Senado trazia outras
modificações à Lei 9.427/96, que disciplina o regime das concessões de serviços públicos
de energia. Entre esses pontos, estava a ampliação do limite máximo para que a geração
seja feita em regime de autorização, e não de concessão, de 30 mil para 50 mil kW. O substitutivo
da Comissão de Desenvolvimento Econômico, no entanto, esclareceu que essa alteração já foi
promovida por lei de 2009, posterior à apresentação da proposta.
Ainda conforme a proposta
do Senado, os pequenos produtores seriam autorizados a comercializar diretamente com consumidores cuja carga seja maior ou
igual a 500 kW. A mudança também já foi promovida por norma aprovada após a apresentação
do projeto.
Outro ponto do texto original aumentava o limite máximo de produção, de 30 mil
para 50 mil kW, para que o pequeno gerador tivesse desconto de tarifa. O substitutivo aprovado, porém, rejeitou a mudança,
sob o argumento de que ampliar o número de beneficiários da redução tarifária elevaria
o custo para os geradores que não têm desconto e, consequentemente, o custo médio da produção
de energia.
Tramitação
Com tramita em caráter conclusivo, o projeto
não passará pelo Plenário da Câmara, exceto se houver recurso nesse sentido. O texto retornará
agora para análise do Senado, pois foi modificado pelos deputados.
Informação de: Instituto Carbono
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