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Publicado em 05/05/2014
Quais serão os perfis profissionais mais promissores para a indústria paranaense nos próximos anos? Para responder a essa pergunta, o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio dos Observatórios Sesi/Senai/IEL, empreendeu um amplo estudo que envolveu quase 300 especialistas das mais diversas áreas. O resultado, que culminou na identificação de 227 perfis profissionais em 12 setores portadores de futuro, foi apresentado no Campus da Indústria, em Curitiba, no dia 24 de abril de 2014. Participaram lideranças do Sistema Fiep e representantes do governo, sindicatos, empresas, instituições de ensino e também da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e de federações das indústrias de outros Estados.
A publicação Perfis Profissionais para o Futuro da Indústria Paranaense tem como público-alvo prioritário as instituições de ensino, que podem adequar o currículo de seus cursos, ou criar outros, a partir dos resultados apresentados. Essa necessidade de oferecer subsídios às instituições formadoras de profissionais foi descoberta a partir do resultado de dois estudos prévios da entidade, um que apontava os setores da indústria chamados de portadores de futuro para o estado, e de outro que indicava rotas estratégicas para desenvolver esses setores. Diante dessas pesquisas, a formação profissional apareceu como um fator crítico para o desenvolvimento dos todos os setores identificados como portadores de futuro.
“Considerando os fenômenos sociais e tecnológicos que devem ganhar força nos próximos anos, temos de criar perfis profissionais que respondam às necessidades futuras. Essa é uma revolução rápida e as instituições de formação têm de considerar isso nos seus programas de ensino”, comenta uma das pesquisadoras que atuou no estudo, Raquel Valença. Para a gerente dos Observatórios, Marilia de Souza, um dos desdobramentos da publicação é a implementação de ações baseadas nos resultados entre as instituições de ensino. “Estamos pensando em um projeto de materialização desses perfis profissionais por meio de ofertas formativas dentro da Fiep.”
Um longo trabalho - Os Observatórios chegaram aos perfis profissionais em duas etapas. Na primeira investigação, em 2005, descobriram quais eram os setores industriais com melhores expectativas de futuro para o Paraná, identificando 12, ao todo: Turismo, Metalmecânico, Papel e Celulose, Indústria Agroalimentar, Produtos de Consumo, Plástico, Saúde, Energia, Biotecnologia, Meio Ambiente, Construção Civil, e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Desse levantamento, surgiu o desenho do projeto “Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense”, que sugere ações e caminhos para o desenvolvimento desses setores.
Com o projeto de Articulação das Rotas Estratégicas para o futuro da indústria paranaense iniciado em 2009/2010, cinco setores foram inicialmente atendidos: metal mecânico, biotecnologia agrícola e florestal, biotecnologia animal, indústria agroalimentar e energia. O principal objetivo da articulação setorial consiste em fornecer informações estratégicas e promover a interação entre representantes de setores portadores de futuro para a concretização das ações previstas em cada roadmapping.
A gerente dos Observatórios contou que a partir do mapeamento das rotas estratégicas, os estudos revelaram a formação profissional como um fator crítico para o desenvolvimento dos setores investigados. Em função disso, numa segunda etapa, os Observatórios trabalharam na identificação dos perfis profissionais que seriam demandados pela indústria até o ano de 2030. O objetivo principal, segundo Marilia, é incentivar as várias instituições de ensino a promoverem parcerias e cursos de formação alinhados a essa visão de futuro, preparando profissionais para as demandas que estão por vir.
Publicação - O projeto Perfis Profissionais foi publicado em 12 volumes, sendo um para cada setor arrolado, organizado em forma de fichas, para facilitar a compreensão e utilização. Foram considerados os critérios “justificativa do perfil para a sociedade”, “domínios técnicos”, “principais atividades do perfil produtivo”, além de indicadores como “relevância para o setor”, “situação atual do perfil no Paraná e Brasil” (se existe ou não; se é embrionário ou bem desenvolvido), “intensificação” (expectativas para intensificação de demanda pelo mercado), e também as principais tendências que orientam o surgimento do perfil (fenômenos sociais ou tecnológicos, por exemplo).
Apesar da diversidade dos resultados, algumas macrotendências transversais marcaram a maioria dos perfis, como sustentabilidade, inovação e qualidade de vida. A pesquisa revelou ainda algumas áreas de atuação promissoras para o futuro, como nanotecnologia, criação de novos materiais e domótica (gestão a distância dos recursos de uma residência), entre outras.
Um dos Setores contemplados por este estudo é o de Energia, sendo o 6º volume da série dos 12 livros. O objetivo desta publicação é compartilhar o conhecimento criado coletivamente para que as instituições possam atender às necessidades de formação profissional da área de Energia. O documento é dividido em dois capítulos, sendo o primeiro uma apresentação geral do projeto, com explicação dos processos de construção e da metodologia. O segundo capítulo detalha os resultados específicos para a área, através de perfis profissionais em formato de fichas. Para baixar esta publicação clique aqui.
No ano passado, o estudo Perfis Profissionais para o Futuro foi apresentado num evento fechado realizado pela Escola de Gestão de Moscou Skolkovo e Organização Internacional do Trabalho (OIT). A relevância desse trabalho gerou interesse na OIT que quer uma parceria para o desenvolvimento de projetos pilotos na África.
Informação de: Agência Fiep e Gazeta do Povo
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