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Publicado em 28/04/2014
O vento é uma fonte de energia renovável, e suas possibilidades são aparentemente intermináveis.
De qualquer forma, muitos países do mundo aprenderam a usá-las de forma eficaz. Em algumas regiões da
Alemanha, por exemplo, até 40% da energia é produzida por turbinas eólicas. No entanto, a energia eólica
não está avançando. As razões para isso são simples: o custo da energia eólica é
alto e os riscos ambientais de infrassons são bastante grandes. Finalmente, o próprio clima é inconstante
e, portanto, não se pode apostar inteiramente em turbinas eólicas.
Cientistas de Vladivostok, uma cidade
na costa russa do Pacífico, propuseram uma nova solução tecnológica. Ela vai permitir evitar uma
série de problemas da energia eólica.
A maioria das turbinas eólicas têm um eixo localizado
no plano horizontal. Isso permite aumentar a sua eficiência e posicionar a turbina muito acima do chão, onde
o vento é mais forte. A alternativa é um eixo vertical, quando a turbina roda como um carrossel, perto do solo.
Anteriormente, isso era considerado irracional porque o vento é fraco perto do solo, e a produção de
energia pela turbina diminui em proporção à velocidade do vento. No entanto, o docente da cadeira de
tecnologias de produção industrial da Universidade Federal do Extremo Oriente Viktor Cheboksarov e seus colegas
propõem justamente uma estrutura assim, tentando contornar suas deficiências.
O segredo está na escolha
do local de instalação do gerador. Cientistas de Vladivostok propuseram colocá-los no mar: isso ajudará
aumentar a potência dos dispositivos modernos em 10 vezes ou mais. “As novas estruturas ganham vantagem graças
ao seu posicionamento acima da superfície do mar, onde o vento é mais forte e mais estável,” disse
Viktor Cheboksarov.
"Toda a turbina eólica dos especialistas do Extremo Oriente é segurada por um pontão.
Sua estabilidade horizontal é garantida por âncoras no fundo do mar. No centro da estrutura, acima da água,
há uma pequena torre ao torno da qual gira lentamente um rotor com pás. A energia é transmitida através
de hastes para o eixo central ligado a um gerador. “É como uma cadeia enrolada de iates onde as pás são
velas,” diz Cheboksarov.
“O diâmetro de uma instalação típica de 10 MW, será
de cerca de 200 metros, e a envergadura das pás será de cerca de 40 metros. Para a nossa estrutura não
existem restrições tecnológicas sobre potência. É possível, por exemplo, criar uma
turbina eólica com uma potência de 100 MW,” diz o cientista.
A invenção poderá
ser usada para fornecer energia a aldeias costeiras remotas. A nova tecnologia permite também resolver o problema do
transporte. As novas estruturas podem ser rebocadas por mar. Ao contrário das versões clássicas, não
há necessidade de aumentar o suporte da estrutura com o aumento de sua capacidade, porque ela é suportada pela
água.
A invenção russa já foi testada e recebeu 17 patentes no país. O próximo
passo é uma patente internacional. Agora, o dispositivo dos cientistas de Vladivostok está sendo verificado
por especialistas em vários países.
Informação de: Biomassa & Bioenergia
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