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Publicado em 18/02/2014
Cientistas das Universidades de Portsmouth e York detalharam uma enzima que pode ser vital no processo de transformar restos de papel, madeira e palha em combustíveis líquidos. A celulase é encontrada em pequenos crustáceos da família Limnoria, também chamados de gribble, que são comedores de madeira e destroem a parte marinha dos piers de madeira.
Usando analises bioquímicas avançadas e imagens de Raios X, pesquisadores de Portsmouth, York e do Laboratório de Energias Renováveis dos Estados Unidos identificaram e, pela primeira vez, reproduziram em imagem tridimensional, as enzimas que permitem ao crustáceo digerir enormes quantidades de madeira . Os resultados publicados na Academia de Ciência dos Estados Unidos (PNAS) mostram como a enzima funciona e irão ajudar a pesquisadores a reproduzir o funcionamento da enzima em escala industrial para a produção de biocombustíveis de segunda geração.
Os pesquisadores John McGeehan e Simon Cragg, da Universidade de Portsmouth que lideraram o projeto, também aplicaram o modelo dessa enzima para um micróbio industrial que pode produzi-la em largas quantidades, do mesmo modo que são feitas com enzimas para detergentes bilógicos. Com isso esperam reduzir os custos da transformação de madeiras em biocombustíveis.
“Esse foi um avanço colaborativo impressionante. Para criar combustíveis líquidos de madeira e palha, os polissacarídeos – polímeros de açúcar – que compõe a maior parte desses materiais, precisam ser quebrados em açúcares simples, mas esse é um processo difícil e claro. Quando Simon Cragg observou gribbles através de microscópios ele pôde ver que o intestino deles era completamente estéril, o que quer dizer que a natureza chegou lá antes de nós. O que acontece no intestino do gribble é o próprio biorreator natural e agora nós temos o projeto dele” afirmou John McGeehan.
Informação de: Página Sustentável
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