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Publicado em 11/02/2014
Dezoito empresas e instituições públicas e privadas que atuam em diferentes segmentos do biogás
fundaram a Associação Brasileira do Biogás e Biometano - Abiogás, em São
Paulo, no dia 19/12/2013. Seu principal objetivo é dialogar com o governo federal a fim de criar o Programa Nacional
do Biogás e do Biometano.
A Abiogás quer ser um canal de interlocução com a sociedade
civil, os governos federal e estaduais, as autarquias e os órgãos responsáveis pelo planejamento energético
brasileiro (EPE, Aneel e ANP).
A nova entidade visa institucionalizar o processo de produção e uso
do biogás e do biometano no País, de forma a alcançar metas de participação mais significativas
dessas fontes de energia na matriz energética brasileira.
Participaram da fundação da Abiogás
representantes das seguintes empresas do setor: CI Biogás Itaipu, GEO Energética, Compagás, ECO BioPower,
EcoMetano, Engine, GIZ, Grupo Solar, Ecocitrus, GTO Bioenergia, Guascon, Spirit Design, Informa Group, Evonik, Methanum Resíduos
e Energia, Metha Power Biogás, Tradener Energia e Caterpillar.
A assembleia aprovou o primeiro estatuto
da entidade e elegeu uma diretoria provisória, formada por Cicero Bley, do Centro Internacional de Biogás da
Itaipu Binacional, e Alessandro Gardemann, diretor da GEO Energética.
Além de cuidar dos registros
oficiais da entidade, a diretoria provisória organizará e convocará nova assembleia até o final
de fevereiro de 2014 para eleição de diretoria e conselhos, ajustes no estatuto e aprovação de
orçamento.
Gardemann destacou a importância de a Abiogás reunir todos os segmentos do biogás
no Brasil - pesquisa, produção, transformação e distribuição - para ser a voz uníssona
do setor na interlocução com o governo federal e as agências reguladoras. “Temos interesses divergentes
e muitas vezes concorrentes, mas vamos cuidar disso da porta para dentro da associação. Da porta para fora,
teremos uma única posição e bandeira”, afirmou.
A assembleia de fundação
da Abiogás contou com as presenças de Ricardo Gusmão Dornelles, diretor do Departamento de Combustíveis
Renováveis do Ministério de Minas e Energia, e de Milton Flávio, subsecretário de Energia Renovável
da Secretaria de Energia de São Paulo. O Diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do MME reconheceu,
no lançamento da entidade, que o biogás “não tem pai” no governo.
Biogás
e biometano no Brasil
O Brasil já dispõe de tecnologia avançada para a produção
do biogás e do biometano em larga escala, mas ainda não utiliza todo o seu potencial de uso dessas fontes sustentáveis
de energia.
Hoje, o biogás pode ser usado na geração de energia elétrica e térmica
e o biometano pode substituir o diesel como combustível veicular, com grandes ganhos para o meio ambiente. Isso faz
do biogás e do biometano as fontes de energia mais versáteis do mundo, além de serem 100% sustentáveis
e renováveis, e mitigarem os passivos ambientais na disposição final dos resíduos orgânicos.
Os sistemas de produção desenvolvidos no Brasil foram totalmente adequados às condições
climáticas do país, garantindo produção permanente e controlada do biogás.Por ser proveniente
de resíduos orgânicos disponíveis em qualquer parte do país, o biogás possibilita arranjos
entre a produção e o consumo regionais de energia, reduzindo custos de distribuição e de transmissão
e descentralizando a produção energética nacional.
Estudos recentes das empresas do setor
apontam um potencial nacional de produção de 30 bilhões de metros cúbicos anuais de biogás
no Brasil. Esse é o potencial somente de dois setores da economia: o agropecuário/industrial, com o tratamento
de dejetos animais e efluentes, e o sucroalcooleiro, que pode obter biogás inclusive da vinhaça, hoje utilizada
somente como biofertilizante.
Por ser descentralizada, a produção de biogás traz outra vantagem:
a incorporação de pequenos produtores como fornecedores de matéria prima, organizados em se organizar
em cooperativas ou associações, gerando renda e criando novos postos de trabalho no campo.
Informação de: Webioenergias
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