Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube
Enquete

O que achou do novo blog?

Cadastre-se

e receba nosso informativo

Pesquisadores querem Londrina no mapa da energia solar

Publicado em 07/02/2014

Estudos mostram que regiões como o Norte do Paraná, mesmo no inverno, poderiam gerar até 40% mais energia elétrica tendo o sol como fonte do que as áreas mais ensolaradas da Alemanha em pleno verão.

Considerada a energia inesgotável por excelência, o sol pode surpreender os londrinenses, nos próximos anos, como uma fonte real para obter energia elétrica. Nos últimos quatro anos, a demanda de Londrina por energia aumentou quase 10%.

Artigos científicos produzidos a partir de estudos da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Universidade Tecnológica Federal (UTFPR), ambas em Curitiba - apresentados em congressos internacionais na Grécia e no México - apontam que o potencial do Paraná - e Londrina –de gerar energia elétrica a partir do sol é muito maior do que de países que há três décadas já usam a mesma fonte com sucesso, como a Alemanha.

Ao analisar a irradiação solar em 48 cidades do Estado, os pesquisadores revelaram que a fonte menos usada no Paraná até o momento é das mais promissoras. Os mapas preparados pelos pesquisadores mostram que regiões como a de Londrina, mesmo no inverno, poderiam gerar até 40% mais energia elétrica tendo o sol como fonte do que as áreas mais ensolaradas da Alemanha em pleno verão. Dependendo da época, os dados indicam que o Norte do Paraná tem potencial que chega a ser 60% maior na comparação com a Alemanha para converter sol em luz.

“A comparação é de propósito: serve para que governos e empresas invistam em programas específicos visando encorajar o uso, a pesquisa e o desenvolvimento dessa fonte tão importante de energia”, diz Gerson Tiepolo, doutorando, pesquisador da UTFPR, professor do Departamento de Eletrotécnica, Energias Renováveis e Sistemas Fotovoltaicos, um dos autores dos artigos apresentados no exterior sobre o mapeamento solar do Paraná. Também integrante do projeto de Articulação da Rota Estratégica para o Futuro da Indústria Paranaense - Setor de Energia - Coordenado pelo Sistema Fiep.

Na Alemanha, em cidades como Friburgo, por exemplo, painéis no teto das casas dos moradores produzem até quatro vezes mais energia do que o consumido localmente. Hoje, 32% dos painéis fotovoltaicos de conversão para energia elétrica existentes no mundo estão na Alemanha, onde o sol supre 5% da necessidade energética nacional.

“O Paraná ainda não está bem inserido no uso da energia, mas queremos colocar o estado no mapa da fonte solar”, afirma o pesquisador. “Londrina tem um ótimo potencial de uso para a conversão da energia solar em elétrica. Ainda que hoje a implantação de um sistema desses não seja um investimento dos mais atrativos, os empresários devem ficar atentos. Queremos que o potencial se torne uma tendência no uso. Não dá mais para admitir o desperdício da fonte solar para complementar as demais fontes de energia”, avalia Tiepolo.

O engenheiro da Copel Fabiano Méier atua para autorizar que o excedente da energia produzida por empresas ou residências interessadas na microgeração sejam injetadas na rede. “Dependendo do sistema, a fonte solar torna possível obter toda a energia necessária para uma casa comum. Quem gera de dia à noite passa a consumir do sistema”, explica. Em São José dos Pinhais, um condomínio já “vende” energia para a Copel. “Qualquer cliente residencial ou comercial pode adquirir painéis, solicitar a ligação na rede e iniciar o sistema de compensação”, afirma.

Investimento

Segundo a Copel, uma casa com três a quatro pessoas - consumo médio mensal de 250 kwh/mês – precisaria investir perto de R$ 15 mil em painéis para suprir a demanda de energia durante o dia, tornando-se consumidora durante a noite. 

Por enquanto, no entanto, o papel da Copel ainda é passivo: a estatal energética não vende equipamentos fotovoltaicos nem tem campanhas de estímulo para os consumidores aderirem à nova fonte de energia. “Parte sempre do cliente”, diz o em engenheiro Fabiano Méier.

No Brasil, 80% da energia vêm de hidrelétricas

Um dos países mais ensolarados do mundo, o Brasil começa a entrar, tímido, no desafio da energia solar. Atrás do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o Paraná também caminha de forma pouco ousada em projetos de energia solar para conversão para a energia elétrica. Apenas este ano, a Copel autorizou a operação do segundo projeto de geração solar com conversão de energia elétrica no Paraná. Em Curitiba, a Copel validou a entrada na rede da energia gerada em 36 painéis fotovoltaicos instalados pela empresa Elco. Além de consumir o que precisa, a Elco injeta o excedente na rede comum durante o dia. À noite, a empresa volta a ser consumidora e capta do sistema. No fim do mês, a fatura é “compensada”. Também em Curitiba, a Copel negocia a obtenção da energia gerada pela cobertura fotovoltaica do estádio do Atlético Paranaense - capacidade de 1,4 MW e custo de R$25 milhões – mas há entraves burocráticos no caminho. No Brasil, a matriz energética é 80% baseada em hidrelétricas, hoje no alvo das críticas de vários segmentos em razão dos danos ambientais e sociais provocados com o alagamento de grandes áreas - não raramente, fauna e flora dos locais são, literalmente, submersas. “A fonte solar é uma fonte rica e muito interessante de ser explorada. Até por ser renovável, tem baixo impacto ambiental. É a energia do futuro”, considera o engenheiro Fabiano Méier, da Copel. “Por enquanto, o custo ainda afasta interessados, mas a tendência é de queda de preços dos painéis”, assegura o professor Gerson Tiepolo, da UTFPR. (M.F.).

Aquecimento solar também é pouco usado

No Residencial Vista Bela, na zona norte de Londrina, um dos maiores conjuntos populares do programa Minha Casa, Minha Vida no país, as 1.272 casas e os 16 blocos de prédios tem aquecedores solares exclusivos para o chuveiro. Diferente dos painéis fotovoltaicos de conversão do sol em energia comum, os aquecedores usam a energia solar somente para esquentar a água dos chuveiros – cujo gasto é responsável por até 40% da energia de uma casa. Embora mais popular do que os painéis fotovoltaicos, o aquecimento com energia solar também é raridade na cidade. “Aqui em casa sete pessoas tomam banho e a nossa conta mensal não passa de R$ 48”, diz a dona de casa Marlene da Silva, 45, feliz com o equipamento. A cabeleireira Amanda Priscila de Souza, 28, também atesta o sistema: “No inverno, funciona até com tempo nublado. A conta de casa seria uns R$ 30 ou R$ 40 maior sem o aquecedor do chuveiro”, diz ela. “A água sai muito quente, pelando mesmo. O pessoal tem que valorizar porque é muito bom”, sustenta. Sem lidar bem com o equipamento, a moradora Dirce Aparecida Cariolato, 44, abandonou o uso. Resultado: uma conta mensal de energia de até R$ 150. “Desde o começo não consigo regular a torneira. Se custou caro, para mim não serviu”, esbraveja. “Serve só para enfeitar. Então, larguei.”

Informação de: Gazeta do Povo Jornal de Londrina

 

 

Deixe seu coment�rio

Site Seu blog ou p�gina pessoal


1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
2. S�o um espa�o para troca de id�ias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza. e
5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de id�ias.

 Aceito receber comunica��o da Fiep e seus parceiros por e-mail
 
Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube