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Senado discute suspensão de nucleares por 30 anos

Publicado em 04/12/2013

Senadores e convidados divergiram sobre assunto.

O diretor-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, afirmou no dia 27/11 que o Brasil pode prescindir das usinas nucleares, mas vai pagar caro pela decisão. “O Brasil é rico em minerais e em urânio, o qual não tem outra utilização que não a geração de eletricidade. Podemos ficar três décadas sem novas instalações, mas vamos pagar muito por isso”, ressaltou o diretor em audiência pública no Senado.

A Comissão de Serviços de Infraestrutura discutiu o Projeto de Lei do Senado (PLS) 405/2011, do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que suspende pelo prazo de 30 anos a construção de novas usinas termonucleares em território nacional. Para Pinheiro, suspender por 30 anos é possível, mas o país pagaráSenad mais e sacrificar mais o povo. O diretor acrescentou que as usinas nucleares estão mais modernas, são construídas em locais apropriados e com a tecnologia adequada, sendo seguras e eficientes na geração de energia.

Ele garantiu ainda que a usina Angra 3, que deve entrar em operação em 2018, no litoral sul do Rio de Janeiro, está sendo construída com as normas mais modernas de segurança existentes e que existe um plano de evacuação bem preparado da cidade fluminense, em caso de emergência. “Fukushima (no Japão) contou com um plano de fuga que permitiu a evacuação de 140 mil pessoas da região sem acidentes. Em Angra adotamos metodologia semelhante”, afirmou Othon Luiz Pinheiro.

Já o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, defendeu a diversificação da matriz energética brasileira e disse que se há um país no mundo que não pode “fechar as portas” para nenhuma opção é o Brasil. “Cada fonte deve entrar sem competir com as demais. Tem espaço para todas as fontes, inclusive para a nuclear. Não devemos fechar as portas para nenhuma opção. O Brasil precisa fazer sua economia crescer. E, sem energia, não se tem desenvolvimento. Só ela [energia] não resolve; mas, se faltar, não há indústria, não há agricultura, não há emprego, e a economia não cresce”, argumentou o secretário.

O diretor-executivo da F.G.Whitaker Assessoria Técnica de Negócios e Serviços Internacionais, Francisco Whitaker, discordou e lembrou que outros países, como Alemanha e Japão - traumatizado pelo acidente de Fukushima, estão abandonado esse tipo de usina. “Apenas pouco mais de 2% de nossa matriz vêm da energia nuclear. Será que vale a pena correr riscos? O preço que vamos pagar é a energia mais cara. Mas eu não penso no preço da energia, mas no preço de vidas humanas”, afirmou Whitaker. 

Para o diretor, que duvidou da eficiência de um plano de evacuação de Angra dos Reis, a questão não é se o Brasil pode ou não ficar sem usinas por 30 anos, mas se deve ou não abrir mão deste sistema. “A pergunta a ser feita é se devemos ou não. E não devemos, pois não temos o direito de expora população a tal risco, que já está comprovado no mundo todo”, finalizou.

Informação de: Agência Senado

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