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Governo estuda duas alternativas para introduzir a energia solar na matriz

Publicado em 21/11/2013

Decisão poderá ficar entre aguardar a redução dos preços da fonte ou promover leilões específicos assim como feito para a eólica.

O presidente da Empresa de Pesquis Energética, Maurício Tolmasquim, afirmou no dia 18 de novembro, que o governo avalia duas soluções para a entrada da solar na matriz energética. A primeira seria a redução dos preços da fonte no mercado e a segunda a possibilidade de realizar um leilão específico para a solar, nos mesmo moldes que foi realizado para a eólica, anos atrás. Segundo ele, essa decisão ainda não foi tomada, pois estão sendo feitos estudos para que se possa chegar a esta decisão, ainda para o ano que vem ou para 2015.

Em sua opinião, o resultado do leilão A-3 realizado nesta segunda-feira, 18 de novembro, não surpreendeu, pois os preços da solar ainda são mais elevados que os da fonte eólica.

"Nossa expectativa é de que seria uma surpresa muito grande se a solar conseguisse bater a eólica neste leilão. Quando começamos com a eólica esta fonte era mais cara mesmo com o preço na casa de R$ 300 por MWh. Da mesma forma acredito que a solar deverá ter a mesma evolução que a eólica", afirmou ele em coletiva após o certame. "Se olharmos para frente a perspectiva é de queda no preço da solar. Eu não tenho dúvidas de que isso é uma questão de tempo. Contudo esse é o momento dos ventos, mas o momento do sol chegará", prevê o executivo.

Na avaliação de Tolmasquim, entre os fatores que deverão reduzir no futuro os preços da solar nos outros leilões está o interesse de muitos investidores em parques eólicos em desenvolver projetos em suas áreas. Com isso, o custo cairia em função de já existir a conexão à rede, estradas para a implantação de projetos e os terrenos para as usinas serem instaladas. "Tem uma série de investimentos que poderão ser evitados no futuro que ajudará na competitividade da fonte", apontou.

Tolmasquim minimizou o fato de o deságio médio deste A-3 ter sido de apenas 1,25%. Segundo ele, a demanda foi totalmente atingida e esse patamar de desconto sobre o preço inicial de R$ 126 por MWh teve incluído um certo bônus aos investidores diante do desafio de se colocar em operação um parque em cerca de dois anos. Além disso, o deságio baixo é explicado por um cálculo de preço-teto mais próximo à realidade, pois um deságio alto poderia indicar um erro na hora de precificar os projetos.

O presidente da EPE, destacou ainda que o país poderá bater um novo recorde em contratação de energia eólica em 2013. A perspectiva é de que o volume contratado este ano ultrapasse os 2,8 GW de capacidade instalada registrados em 2011. Essa estimativa foi confirmada pela presidente da ABEEólica, Élbia Melo.

Contudo, ele já dá indícios de que a competitividade das outras fontes, principalmente a hídrica e a térmica deverá ser mais intensa com a atribuição de hierarquia de contratação. "Não poderemos contratar apenas a eólica no A-5, precisamos de mais UHEs e térmicas para podermos alcançar um nível de segurança maior", afirmou.

Informação de: Canal Energia

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