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Publicado em 27/09/2013
O contribuinte começou em agosto a pagar as indenizações devidas pelo governo federal às empresas
do setor elétrico que aderiram ao pacote da presidente Dilma Rousseff, que permitiu a redução da conta
de luz. Em mais um capítulo dessa história, o governo agora usou dinheiro obtido com a venda de títulos
públicos emitidos pelo Tesouro Nacional para cobrir um buraco no fundo setorial responsável pelas indenizações.
Esse
fundo, a Reserva Global de Reversão (RGR), recebeu R$ 272 milhões em agosto oriundos de outro fundo setorial,
a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Desde junho, o Tesouro Nacional tem depositado na CDE recursos obtidos
com a emissão de papéis.
Como mecanismo criado pela Medida Provisória 615, o Tesouro vende títulos
públicos ao mercado em nome da CDE. Ao todo, entre junho e agosto, essa operação rendeu R$ 3,95 bilhões
aos cofres do fundo.
Somente em setembro, o Tesouro emitiu R$ 2 bilhões em nome da CDE, e fontes do governo avaliam
que esse volume maior já contempla os repasses tanto para a CDE quanto deste fundo para a RGR.
Segundo técnicos
do governo, a triangulação deve continuar até o fim do ano, e os repasses da CDE à RGR devem variar
em torno de R$ 500milhões por mês, a partir de setembro 2013.
O rombo na RGR foi criado pelo próprio
governo. No primeiro semestre, o governo realizou a operação inversa da verificada em agosto.
Entre
maio e junho foi a RGR que transferiu recursos para cobrir um buraco na CDE, ao todo foram R$ 4,9 bilhões.
Esta
operação foi revelada pelo Estado em julho passado.
Informação de: Estado de São Paulo
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