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Publicado em 27/09/2013
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou apoio financeiro a novos projetos de plantio de canaviais no âmbito do Programa BNDES de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (BNDES Prorenova) que somam R$ 356,2 milhões.
Ao todo, os projetos contemplam o plantio de 83,2 mil hectares nos estados de São Paulo e Paraná, sendo 71,5 mil hectares para renovação e 11,7 mil hectares para novos canaviais.
Duas usinas do grupo paranaense Usaçúcar – Usina de Açúcar Santa Terezinha e Usina de Açúcar e Álcool Goioerê – receberão R$ 253,2 milhões. Os recursos destinam-se ao plantio de 61,8 mil hectares de cana-de-açúcar, no noroeste do Paraná, sendo 11,4 mil hectares de novos canaviais e 50,4 mil hectares de reforma de canaviais já existente.
A Santa Terezinha, de Maringá, é a maior empresa do setor sucroenergético do Paraná. Sua capacidade de moagem é de 19 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, divididas em oito unidades industriais.
A usina está adquirindo a Usina Goioerê, localizada no município de Moreira Sales. Com isto, adicionará 1,8 milhão de toneladas de cana-de-açúcar à capacidade instalada do Grupo.
São Martinho
A São Martinho, do Grupo São Martinho, receberá R$ 65,1 milhões do BNDES Prorenova. Seu projeto prevê o plantio de 13,3 mil hectares de cana-de-açúcar no estado de São Paulo. O plantio será realizado nos municípios de Pradópolis e Iracemápolis e em municípios do seu entorno. T
odo o plantio será realizado com variedades protegidas de cana-de-açúcar, que são mais atualizadas tecnologicamente, permitindo maior ganho de produtividade.
O Grupo São Martinho produz, atualmente, açúcar, etanol e energia elétrica em três usinas: Iracema e São Martinho, em São Paulo, e Boa Vista (apenas etanol), localizada em Goiás. Ele detém ainda 32,18% da Usina Santa Cruz S.A.
Na safra 2012-2013, o Grupo São Martinho registrou uma moagem de 12,9 milhões de toneladas, com produção de 970 mil toneladas de açúcar e 451 mil metros cúbicos de etanol.
Companhia Agrícola Quatá
O terceiro projeto a ser apoiado pelo BNDES Prorenova é o da Quatá, do Grupo Zilor, que receberá R$ 37,9 milhões para a renovação de 8,1 mil hectares de canaviais existentes na região de Quatá e Paraguaçu Paulista, São Paulo, que atenderão à unidade industrial Açucareira Quatá.
Deste total a ser renovado, 6,4 mil hectares usam variedades de cana protegidas. O Grupo Zilor é formado por três usinas produtoras de açúcar, etanol, energia e leveduras e por uma empresa agrícola.
As usinas são a Açucareira Quatá S.A., de Quatá, SP, a Açucareira Zillo Lorenzetti S.A., de Macatuba, SP, e a Usina Barra Grande de Lençóis, localizada em Lençóis Paulista, SP. A Companhia Agrícola Quatá é responsável pelas atividades de plantio e colheita de cana-de-açúcar.
Mercado
A combinação de problemas climáticos nas últimas três safras com a redução dos investimentos na lavoura em função da escassez de crédito resultante da crise financeira internacional de 2008 resultaram na redução da renovação dos canaviais entre 2009 e 2011.
Como resultado, a idade média do canavial chegou a 3,7 anos em 2012, quando o padrão ideal gira em torno de três anos, de acordo com recomendação do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Com um canavial mais antigo, a produtividade agrícola se reduziu expressivamente, chegando a pouco mais de 70 toneladas de cana por hectare na safra 12-13, o que representou queda de quase 20% em relação à safra 2008/09.
O conjunto destes fatores norteou o lançamento do programa BNDES Prorenova em 2012 e sua renovação em 2013. Neste ano, a carteira total do Banco alcançou R$ 1,3 bilhão e plantio de 305 mil hectares. Deste total, 245 mil hectares foram de renovação e 60 mil hectares de novos canaviais.
O desempenho do BNDES Prorenova em 2013 já supera a edição de 2012, cujo desembolso final atingiu R$ 1,2 bilhão. A expectativa é de que o programa totalize pelo menos R$ 2 bilhões em financiamentos até o final do ano.
Informação de: Portal Brasil; Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
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