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Publicado em 15/08/2013
Sem ter desenvolvido ainda uma indústria fotovoltaica tradicional, à base de silício, o Brasil agora
pode saltar etapas, começando a fabricar células solares orgânicas.
Ao contrário das células
solares de silício, as células solares orgânicas são feitos com plásticos, o que as torna
leves, flexíveis e transparentes.
Assim, em vez dos painéis solares rígidos e retangulares, as
películas fotovoltaicas podem ser aplicadas no revestimento de edifícios e casas, fachadas, janelas, aparelhos
eletrônicos, como celulares, e até mesmo em veículos.
Além de outras aplicações
inovadoras, essas características permitem uma redução significativa nos custos de instalação,
responsáveis por até 70% do custo total dos sistemas fotovoltaicos tradicionais.
A produção
das células fotovoltaicas orgânicas (OPV) será feita pelo CSEM Brasil, resultado da associação
entre a gestora de capitais brasileira, FIR Capital, e do Centre Suisse dÉlectronique e Microtechnique, CSEM S.A.
A
fábrica, que já recebeu investimentos de R$20 milhões, e receberá outro tanto até 2014,
está localizada na Cidade da Ciência e do Conhecimento, em Belo Horizonte (MG).
Impressão
em rolos
Tanto o processo de fabricação - impressão em rolos, ou roll to roll -, quanto os materiais empregados
nas células solares orgânicas, representam uma notável redução de impacto ambiental quando
comparados ao das células fotovoltaicas de silício.
A energia utilizada em sua produção
é aproximadamente 20 vezes menor do que a energia empregada na produção dos painéis de silício,
sendo considerada uma opção ainda mais verde para o reaproveitamento da energia solar.
Embora tenham
uma eficiência energética menor em comparação com as células de silício, sua flexibilidade
e seu baixo custo podem ser um impulso importante para a adoção da energia solar em larga escala.
"Temos
a vantagem competitiva de estar no Brasil, com muito sol e uma matriz energética complementar que ainda não
cobre 100% da população. Além disso, estamos confiantes com as nossas parcerias globais e com o time
de excelência montado com doutores e profissionais que são líderes em suas áreas de atuação,"
afirma o Dr. James Buntaine, presidente da CSEM Brasil, e pioneiro na indústria de eletrônica orgânica
impressa, OLEDS (LEDs orgânicos) e células solares de plástico.
"O desenvolvimento e produção
dessas células no Brasil representa um marco importante para criação no Brasil de uma cadeia de valor
para energia solar competitiva em escala global, reunindo formação de pessoal, tecnologia de próxima
geração e matérias-primas locais", declara Tiago Alves, membro da diretoria da empresa.
O Centro
de Inovações CSEM Brasil e as atividades desenvolvidas por suas divisões de "Eletrônica Orgânica
e Impressa" e de "Cerâmica LTCC e Micro Sistemas" contam com o apoio da Fapemig, BNDES e FINEP.
Informação de: Inovação Tecnológica
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