O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 26/07/2013
Enquanto o governo trava uma batalha para aumentar os investimentos no País, 76 projetos em geração e transmissão de energia elétrica estão parados por causa de uma disputa entre os ministérios da Fazenda e de Minas e Energia.
A briga ameaça respingar sobre a grande aposta econômica da presidente Dilma Rousseff: as novas concessões em infraestrutura.
O pivô da disputa chama-se Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). Por ele, as empresas que fazem investimentos no setor, construindo estradas, usinas hidrelétricas, redes de saneamento, projetos de irrigação e ferrovias, por exemplo, têm direito ao desconto do PIS e da Cofins nas compras de máquinas, equipamentos e material de construção.
É uma redução de 9% no custo do investimento, mas, para isso, a empresa precisa estar em dia com a Receita Federal.
Além disso, o projeto tem de passar por uma análise do ministério setorial - Minas e Energia, Transporte, Integração, Portos, entre outros -, que atestará se ele se enquadra ou não nos requisitos do programa.
Só então o empreendedor se inscreve na Receita para ter acesso ao desconto tributário.
O problema começou em dezembro, quando, para cumprir uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), a Receita Federal baixou a Instrução Normativa (IN) 1.307, que obriga todos os ministérios que administram algum tipo de incentivo fiscal, como é o caso do Reidi, a apresentar a Declaração de Benefícios Fiscais (DBF). A lei que cria o Reidi é de junho de 2007.
"Eles pedem detalhes como o tipo de cimento que está sendo usado", disse o presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy. "Não dá para imaginar um projeto como Belo Monte prestando informação com esse nível de detalhe, não tem nem como."
Informação de: Revista Exame
Envie para um amigo