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Avião comercial pode ganhar modelos híbrido e solar até 2050

Publicado em 10/07/2013

O barulho tradicional dos aviões, bem como as emissões de gases do efeito estufa despejadas por suas turbinas, podem deixar de existir nas próximas décadas. A tecnologia estuda atualmente modelos e combustíveis menos poluentes a fim de minimizar os impactos ambientais causadas pelo setor aéreo. O consórcio aeroespacial europeu EADS, por exemplo, pretende criar uma aeronave totalmente híbrida até 2050. O modelo final será chamado de Flightpath 2050, mas o caminho ainda está sendo percorrido.
 
Recentemente, o consórcio em parceria com a Rolls-Royce criou o E-Thrust, projeto considerado intermediário no processo, que pretende já começar a reduzir o consumo de combustível, emissões e ruído.
 
A E-Thrust é composta por ventiladores elétricos ao longo do comprimento de cada asa e possui uma bateria alimentanda por um sistema a gás – motivo pelo qual o protótipo é reconhecido como híbrido.
A tecnologia é uma tentativa de reduzir a pegada de carbono do setor da aviação que, segundo conclusões do Fórum Econômico Mundial de 2012, vai subir de 1,5 Gigatoneladas (Gt) para 2,9 Gt de CO2 em 2035. A Comissão Europeia pretende reduzir 75% das emissões de C02 das aeronaves, juntamente com a redução de emissões de óxidos de azoto, em 90%, e dos níveis de ruído, em 65%, comparado aos níveis do ano 2000.
No Brasil
 
Iniciativas voltadas para uma aviação comercial mais sustentável também já chegaram ao Brasil, onde empresas de aviação, fabricantes de aeronaves e centros de pesquisa desenvolvem estudos para a produção de biocombustíveis desde 2011. As companhias Embraer e Boeing, e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) são as responsáveis pelas pesquisas na área.
 
A Embraer e a Aliança Brasileira Para Biocombustíveis de Aviação (Abraba) estimam que até 2016 os primeiros biocombustíveis para aviação estejam prontos para ser produzidos. “Vários estudos são realizados paralelamente em todo o mundo, com diversas rotas tecnológicas. O biocombustível para aviação será uma realidade em dez anos”, assegurou Guilherme Freire, diretor de estratégias e tecnologias para meio ambiente da Embraer.
 
Movido a energia solar
Outra alternativa às aeronaves convencionais pode vir da energia do sol. Depois de ser testado apenas nos ares da Suíça, intercontinetalmente (da Suíça até a Bélgica) e realizar voo noturno, o Solar Impulse, avião movido a energia solar, criado pelo especialista suíço Bertrand Piccard, terminou sua trajetória nos Estados Unidos no dia 6 de julho. A viagem teve início em maio de 2012 e o objetivo era cruzar o país de costa a costa.
 
Piccard e seu parceiro de experiências, o piloto Andre Borschberg, pousaram em Nova York. Antes, passaram por San Francisco (Califórnia), Phoenix (Arizona), Dallas/Fort Worth (Texas), St. Louis (Missouri), Cincinnati (Ohio) e Washington. A aeronave pesa 1, 6 toneladas e é dotada de 12 mil células fotovoltaicas acopladas ao longo de suas asas de 63,4 metros de envergadura.
 
“Nosso objetivo não era apenas cruzar os Estados Unidos. Este projeto deve ser útil para a sociedade, para mostrar às pessoas como o mundo pode ser eficaz com a utilização de tecnologias limpas”, explicou à AFP Andre Borschberg.
 
Informação de: Tn Sustentável
 
 

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