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Publicado em 27/06/2013
A conta de luz do paranaense poderá ficar mais cara. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
aprovou no dia 20/06 o reajuste da tarifa da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Pela proposta, as chamadas tarifas
de baixa tensão, que incluem residências, estabelecimentos comerciais e atividades afins, seriam reajustadas
em 14,42%. Já as tarifas de alta tensão, que engloba as indústrias, em 14,86%. A Copel atende 4,1 milhões
de unidades consumidoras em 393 municípios do Paraná.
O aumento médio de 14,61%, considerando
todas as classes de consumo, ocorreria cinco meses depois do pacote do setor energético proposto pelo Governo Federal.
Na época as contas de luz dos consumidores residenciais sofreram quedas de 18,2%. Na ocasião, um dos principais
objetivos da presidente Dilma Rousseff era conter a inflação, que hoje já atinge o teto da meta de 6,5%
estabelecido pelo Banco Central para este ano.
Ao ter conhecimento do assunto, o governador Beto Richa (PSDB) publicou
em seu perfil de uma rede social que teria pedido à Copel a "suspensão" do reajuste. Porém, horas mais
tarde, recuou ao ser questionado publicamente por jornalistas em Londrina. "A Aneel está encaminhando este aumento
para várias concessionárias de energia. Eu não sabia anteriormente, pedi para que a Copel segurasse até
tomar pé dessa situação. Ver o que realmente é isso, se os valores ou percentuais de aumento são
condizentes", retificou.
Richa aproveitou para criticar o Governo Federal. "Em função dos últimos
gastos com a estiagem, o Governo teve que colocar a todo vapor as usinas termelétricas, que além de mais poluidoras
são muito mais caras, e salvar o Brasil de um apagão."
Antes de ser concedido o reajuste anual para
a Copel, que entra em vigor sempre no dia 24 de junho, a estatal calcula seus custos e envia um pleito para a Aneel para ser
analisado. Neste ano, segundo a agência reguladora, a Copel, que tem como acionista majoritário o governo estadual,
pediu um reajuste médio de 12,10%.
Segundo a Aneel, o cálculo para definir o reajuste é feito
pela área de regulação da agência. Entraram na conta do pedido da Copel a variação
do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), o aumento do custo dos Encargos de Serviços do Sistema
(ESS) e os gastos que as distribuidoras tiveram com compra de energia, em especial a elevação do custo variável
em função do aumento da geração térmica.
Caso o aumento entre em vigor vai atingir
4,1 milhões de consumidores em 393 municípios do Estado e abocanharia boa parte da redução que
as contas tiveram em janeiro. Como a própria Aneel justificou, o uso intenso das termelétricas no País
para compensar a queda do nível dos reservatórios das hidrelétricas, fez o custo da geração
de energia subir.
A decisão do governador Beto Richa de suspender temporariamente o aumento veio em meio a
uma onda de protestos com vários tipos de reivindicações que acontece no País todo há mais
de uma semana.
O economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Maurílio
Schmitt, disse que, caso o reajuste seja aplicado, vai elevar os custos das indústrias. Para ele, o que pode favorecer
o setor neste ano é a boa perspectiva de safra agrícola. Por outro lado, ele disse que os empresários
industriais querem que a estatal continue com boa saúde financeira para continuar a abastecer o mercado sem nenhum
colapso de energia.
Informação de: FolhaWeb
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