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Publicado em 25/06/2013
O evento, promovido pelo Senai, em parceria com o Ministério das Finanças e Economia do Estado alemão de Baden-Wurttemberg, fez parte das comemorações do ano da Alemanha no Brasil e dos 70 anos do Senai Paraná. A semana foi dividida em dois momentos: O Fórum de Inovações Baden-Wurttemberg – Curitiba (18) e Londrina (21), e o Simpósio de Energias Renováveis – Curitiba (19) e Foz do Iguaçu (21), com o apoio da Itaipu e do Parque Tecnológico Itaipu(PTI).
O evento teve entre seus objetivos apresentar novas tecnologias e soluções tecnológicas, promover o intercâmbio entre institutos de pesquisa e viabilizar a aproximação das experiências implantadas nas duas regiões, criando novas oportunidades de interação em uma área vital para o futuro.
Para o presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Edson Campagnolo, a longa parceria entre o Senai e o Estado alemão é uma importante alavanca de desenvolvimento para ambas as regiões. Campagnolo ressaltou que tanto o Brasil quanto o Paraná ainda têm muitos pontos para desenvolver e que o exemplo alemão é uma referência a ser seguida.
Hartmut Reichl, gerente do Departamento de Pequenas e Médias Empresas e Mercados no Ministério das Finanças e Economia do Estado de Baden-Wurttemberg, também destacou a perenidade da parceria e salientou que a indústria paranaense possui tecnologia para desenvolver sua infraestrutura e economia.
A programação iniciada no dia 18, com a realização do Fórum de Inovações Baden-Wurttemberg, foi marcada por temas relacionados à mobilidade sustentável, eficiência energética e meio ambiente. O gerente de projetos do Departamento de Desenvolvimento Econômico da Região de Stuttgart apresentou alguns exemplos de projetos desenvolvidos na região para mobilidade, como sistemas colaborativos de aluguel de carros e bicicletas.
O gerente de Inovação na Rede Estadual de Mecatrônica de Baden-Wurttemberg, Sven Rogalski, explicou sobre o funcionamento do ecoFLEX – um projeto que tem como base um software que auxilia no planejamento do uso eficiente da energia e dos recursos naturais, baseado em conhecimento e em exemplos de práticas industriais.
As fontes renováveis de energia foram tema de discussão no segundo dia (19) do evento, durante o Simpósio de Energias Renováveis. Líderes e especialistas dos setores público e privado, do Brasil e da Alemanha, apresentaram soluções inovadoras, que estão mudando o cenário de geração e consumo de energia.
Gustavo Malagoli Buiatti, diretor geral da Econova Sistemas de Energia Ltda, traçou um panorama atual da utilização de fontes alternativas de energia no Brasil. Destacou que atualmente 84% da energia utilizada no Brasil vem de fontes limpas. De acordo com um relatório do Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS), 72% vem da geração hidrelétrica e 12% de biomassa.
O VP da Solar Cluster Baden-Wurttemberg, Carsten Tschamber, falou sobre as energias renováveis mais utilizadas no estado alemão, destacando a importância da captação e uso de energia solar para a região.
A arquiteta Isabelle de Loys apresentou todos os programas brasileiros que incentivam a utilização de energia solar fotovoltaica em áreas urbanas, como o Inova Energia, o selo Qualiverde, PE Sustentável e o Rio Capital da Energia.
A representante da DEGERenergie GmbH, Katja Widmaier, falou sobre a tecnologia desenvolvida pela empresa onde trabalha e destacou o potencial do Brasil para a geração de energia solar.
O biogás também foi tema do Simpósio. O diretor presidente do centro internacional de energias renováveis – Biogás, Cícero Jaime Bley Junior, contou como foi a estruturação do Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás – CIBiogás – ER. Bley lembrou que o biogás é visto como uma energia de segunda classe. “Mas em uma fazenda ou granja, uma usina de biogás é praticamente uma refinaria de petróleo”, brincou Bley. Em 2004, Itaipu começou a estudar o tema, por perceber que a água do rio Iguaçu estava sendo poluída por resíduos produzidos na região, lançados indevidamente na água. “Hoje temos muita segurança quanto ao potencial desta forma de energia e estamos estudando meios de aprimorarmos seu uso”, finalizou.
Cabe também ressaltar que o Sistema Fiep, através do Projeto Rotas Estratégicas para o Desenvolvimento da Indústria Paranaense - Setor de Energia, vem desenvolvendo em parceria com a Itaipu Binacional e outras instituições um mapeamento de toda a cadeia de suprimentos do Biogás. Esse trabalho servirá para atrair investimentos e difundir ainda mais essa fonte de energia.
Os últimos temas do simpósio foram a distribuição e legislação referentes a energias renováveis. Maycon Macedo, da Copel, falou sobre a resolução 482 da Aneel, de 17 de abril de 2012, que estabelece regras para a micro e a minigeração e para o sistema de compensação de energia elétrica.
Hewerton Elias Martins, da Solar Energy, traçou um panorama do mercado solar no Brasil e o pesquisador da universidade de Stuttgart, Florian Gutekunst, falou sobre a influência de energias renováveis no comportamento da rede geradora de energia elétrica.
O presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Edson Campagnolo, comemorou o resultado do encontro entre brasileiros e alemães. “Eu me lembro de quando a Itaipu nos procurou, há anos, pedindo orientação sobre fornecedores com expertise em geração de energia. Indicamos os especialistas de Baden-Württemberg. Hoje, percebo um grande número de pessoas altamente interessadas neste tema e isso nos dá grande satisfação”, disse. Para Bley Junior, o seminário representa um primeiro passo em direção a uma discussão necessária sobre mudanças no setor energético. “O mais do mesmo não funciona. Nós precisamos de mudanças – no estrutural e no conjuntural – baseadas no conhecimento específico. E este seminário é um primeiro passo para consolidarmos essa nova realidade”, avaliou Bley.
Informação de: Agência Fiep
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