O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 21/05/2013
A planta será construída ao lado do Super Porto do Açu, em São
João da Barra, no norte fluminense, a um custo inicial de US$ 1 bilhão. Eike afirmou que vai buscar financiamento
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ressaltou que a composição acionária
da nova empresa será majoritariamente brasileira.
A produção inicial será de 100 mil veículos,
totalmente movidos por baterias elétricas, com tecnologia japonesa e europeia. Eike estimou que, há espaço
no mercado brasileiro para uma nova fábrica de veículos.
“A gente está enxergando que, nos
próximos dez anos, o Brasil vai consumir 8 milhões de automóveis por ano. Então, tem espaço
para gente nova, tem espaço para a indústria nacional, até pelo carinho que o brasileiro teria em comprar
um carro bem feito. Vai ser uma empresa nacional, com know-how estrangeiro”, disse Eike, durante a Exposição
Rio Oil & Gas, que reúne as principais empresas de petróleo e gás do mundo.
O presidente da
EBX, considerado o oitavo homem mais rico do mundo, frisou que os carros elétricos representam uma tendência
definitiva. Segundo ele, as baterias serão de tecnologia japonesa e o restante do veículo – para cinco
passageiros e autonomia de 160 quilômetros – terá concepção e design europeu e brasileiro.
“O
negócio do carro elétrico é irreversível. A pessoa que gasta R$ 200 por mês em combustível,
num carro elétrico, botando ele na tomada à noite, vai gastar menos que R$ 20. O problema hoje ainda é
que o custo inicial da compra do carro está caro, mas o preço das baterias está despencando. Tem uma
revolução acontecendo nessa área”.
Entre as facilidades do complexo de Açu para abrigar
o projeto, Eike citou a sinergia entre o complexo portuário que está sendo construído, pela empresa LLX,
de sua propriedade, duas siderúrgicas, de capital estrangeiro, e uma usina termelétrica, além da existência
de estradas de ferro e rodovias para escoamento da produção.
“Só pela logística do
Açu, a gente ganha US$ 200 por automóvel, o que é muito dinheiro. Os incentivos naturais estão
na eficiência da logística. Vão atracar no Porto do Açu os maiores navios contêineiros, a
um custo imbatível. Em qualquer país do mundo, você tem que pensar que o mix de algo montado no país
possa ser até 50% vindo de fora. Se você agrega os outros 50% de indústria nacional, mais mão-de-obra,
você acaba tendo 70% do coeficiente do país. É isso que a gente quer. A indústria brasileira de
autopeças, assim que a gente passa de 20 mil unidades [de veículos], ela se instala em volta”.
Eike
não disse quantos empregos terá, mas informou que cada vaga gerada em uma montadora gera 15 empregos nas empresas
da cadeia. O empresário espera entrar com projeto de financiamento no BNDES dentro de 12 meses e que o banco terá
interesse em apoiar a iniciativa.
O empresário afirmou que este será o primeiro carro brasileiro, depois
da experiência do empresário João Augusto Gurgel, nos anos 70 e 80, que chegou a produzir 43 mil veículos
100% nacionais. “Este é o meu conceito”. Perguntado onde Gurgel havia falhado, Eike respondeu: “O
Gurgel quis conceber um carro do zero. Na época ele usava motor Volkswagen. Aí ele foi desenvolver um motor
próprio, uma caixa de mudança própria e entrou em uma seara complicada”.
Eike ressaltou
que o veículo elétrico também deverá receber incentivos por conta de questões ambientais,
pois não polui e praticamente não produz ruído. Ainda sem nome determinado, ele sugeriu que a fábrica
poderia se chamar FBX, de “Fábrica Brasileira de Automóveis”, mais a letra X, que aparece em todas
suas empresas.
Informação de: Infoenergia
Envie para um amigo